Tem coisa mais coringona do que papilote? A ideia dessa técnica é fazer um envelope com papel manteiga ou alumínio e cozinhar vegetais, peixes, frutos do mar e até frango. O papel, fechadinho, mantém o vapor, que circula e cozinha sem ressecar os ingredientes. Eu gosto especialmente com peixe e também gosto aproveitar diversos vegetais que estão nas últimas na geladeira – vai tudo junto, dentro do papilote e pronto! Sem sujar panela, uma maravilha!
Aqui usei uma posta de salmão com pele. Salmão não é meu peixe favorito mas essas postas quebram um galho quando a gente precisa de um almoço rápido e levinho. Pra fazer o papilote usei uma travessa, coloquei uma folha de papel manteiga e no centro dele fiz uma caminha com moyashi e cenoura cortada bem fininha. Temperei com sal e pimenta e coloquei por cima o salmão. Daí foi só juntar o caldo de uma laranja (primeiro separei duas fatias para colocar por cima), as raspinhas dela, um pouco de alecrim fresco, azeite e um pouco mais de sal e pimenta e finalizei com a laranja cortadinha. Tudo temperado, é só fechar o papel, formando uma espécie de trouxa bem fechada. Não esqueça de deixar um espaço acima do peixe, justamente pra fazer o vapor circular.
Vai pro forno preaquecido, em temperatura baixinha, por uns 10 minutos. Se cozinhar demais, o peixe resseca e os vegetais não ficam al dente.
Para os vegetais, use o que você tiver – por aqui brócolis, acelga, repolho, cogumelos, escarola, espinafre, abobrinha… tudo vai bem dentro do papilote. Lembre sempre de incluir os vegetais cortados mais finamente, assim eles cozinham mais rápido, principalmente se você estiver usando peixe como proteína porque ele precisa de muito pouco tempo de forno pra manter a umidade.
Esse foi o almoço que postei hoje lá no meu Story – já me segue lá? @faby_zanelati
Você conhece o crumble? Uma sobremesa com frutas assadas que é sucesso e muito fácil de fazer, além de ser muito versátil também, já que você pode (e deve!) usar as frutas que mais gosta.
Eu aprendi a fazer crumble com a melhor, minha amiga Tatu Damberg (@tatudamberg). A gata faz crumbles divinos sem nenhum esforço, pleníssima, maravilhosa. A gente costumava finalizar jantares ou almoços incríveis com o “crumble da Tatu” – era coisa linda e eu, que não sou boba nem nada, fui aprendendo a juntar as frutas, fazer a farofinha e comecei também a fazer crumbles que viraram sobremesas que os amigos adoram.
Pra começar, vale dizer que você pode sim escolher suas frutas favoritas para fazer crumble, mas as que soltam menos água funcionam melhor – minhas favoritas são uva, maçã, pêssego, ameixa e pera. As frutas vermelhas também funcionam, como o morango e a amora, mas eu particularmente costumo usá-las com alguma outra, pra não ficar muito enjoativo e também porque o morango costumar soltar bastante líquido.
Essa receita é de uva com maçã verde e é das minhas combinações favoritas, além de ser facílima. Para fazer, melhor usar a uva sem semente, do tipo Crimson ou Vitória por exemplo. Eu faço crumble sempre na mesma travessa, que tem 30cm, e a receita serve bem 6 porções. Para isso, uso 500gr de uvas cortadas ao meio e 1 maçã verde grande, descascada e cortada em cubinhos.
É só juntar as frutas na travessa, juntar o caldo de um limão e salpicar um tantinho de açucar – eu uso coisa pouca (às vezes, nenhuma) porque prefiro manter um certo azedinho das frutas, mas você pode salpicar algo como 1 colher (sobremesa) de açucar e misturar às frutas.
Daí é só preparar a farofinha que vai cobrir as frutas e garantir uma crostinha deliciosa que equilibra completamente a sobremesa. Basta misturar numa tigela 1 xícara (chá) de farinha de trigo, 1/2 xícara (chá) de açucar (o demerara é melhor) e 1/2 xícara (chá) aveia em flocos. Então, uso uma castanha pra dar um glam – 1/2 xícara (chá) basta (aqui usei 1/2 xícara de nozes picadas grosseiramente). Mistura tudo, junta uma pitada de sal e 100gr de manteiga sem sal gelada. Com as mãos vai misturando e fazendo uma farofa grossa. Quando estiver misturado, cubra as frutas na travessa com essa farofa, sem apertar. Depois é só levar pro forno médio por uns 30 minutos ou até dourar.
O cheiro das frutas no forno invade a casa, é delícia demais. Se você for fã, junte algumas especiarias às frutas, tipo canela, noz moscada, cravo… o que você gostar.
O crumble é servido morninho e casa perfeitamente com uma bola de sorvete – o gelado com o quentinho, as frutas assadas, a farofinha crocante… Gente, é bom demais!
E então, vai dar uma chance pro crumble? Faz e me conta lá no Instagram @faby_zanelati?
Panquequinhas são um desses pratos coringas que você consegue preparar basicamente com qualquer vegetal que esteja à mão e que, com o tempo, você acaba fazendo até de olhos fechados. Elas são ótimas para um almoço ligeiro, para variar o PF do dia-a-dia e até pra fazer bonito em um dia mais festivo. A base pode levar farinha, como eu já ensinei aqui, ou pode ser como essa, com ricota. Essa versão, super levinha, fica perfeita com espinafre mas brilha também com escarola, cenoura, beterraba, brócolis… eita que versátil!
Para fazer 4 panquequinhas pequenas eu usei 1 xícara de ricota fresca amassada, 1/2 xícara de espinafre picadinho (o meu era uma sobra, já refogado, mas você pode fazer com ele apenas passado pela água fervente e escorrido), 1 ovo, 1/2 xícara de queijo parmesão ralado, sal, pimenta do reino e noz moscada ralada na hora.
Segredo não tem – é só misturar os ingredientes até que você consiga, com as mãos úmidas, moldar um disco com a massa. Se for preciso, junte mais ricota ou um tico de farinha de trigo, apenas o suficiente para conseguir moldar, e se a massa precisar de mais umidade, pode acrescentar uma colher de cream cheese ou requeijão.
Em uma frigideira antiaderente regada com um fio de azeite basta grelhar as panquequinhas de um lado e depois de outro. Na hora de virá-las, certifique-se que elas estejam firmes e use uma espátula para ajudar.
Aqui eu servi com tomates refogados com cebola, que também era o que eu tinha de sobra, mas é só uma graça porque a panqueca sozinha já dá conta do recado e fica deliciosa na companhia de uma saladinha fresca.
Já sabe, né? Tem mais pratos ligeiros lá no meu Instagram @faby_zanelati. Aparece lá!
Eu chamei de estilo asiático, mas pode ser oriental ou como você preferir chamar estas tiras de filé mignon super saborosas, preparadas com um molho que faz toda a diferença e dá um sabor especial.
Bom, se você já é freguês deste blog, sabe que eu não sou uma pessoa carnívora. Não sou vegetariana, mas na minha casa reduzimos muito o consumo de carne (meu filho pequeno nem come carne vermelha), então raramente esse tipo de receita aparece por aqui. Além disso, filé mignon não é nem de longe meu corte favorito – particularmente acho bem sem graça, mas este preparo deixa a carne com aquela pegada picante e meio doce ao mesmo tempo, e isso eu adoro! O pulo do gato está no molho ;)
Aqui eu tinha uns 300gr de filé mignon em tiras. Em uma frigideira com um fio de azeite, selei as tiras temperadas com sal e pimenta. Não precisa fritar muito a carne, apenas deixar que ela ganhe um ligeiro bronze e pronto, só retirar e reservar.
Na mesma frigideira, um pouco mais de azeite e uns dentes de alho picadinhos para dourar (a gosto, eu gosto muito). Quando o alho está começando a dourar é só juntar cebola – usei uma pequena, cortada grosseiramente. Mistura, deixa a cebola começar a murchar e junta pimentão verde e vermelho – usei um pedaço pequeno de cada, cortado em tiras grossas. Junta tudo e deixa refogar. Enquanto isso prepare o molho.
Numa tigelinha coloquei o suco de uma laranja pequena, 1 colher (sopa) de açúcar mascavo, mais ou menos 1/4 xícara de shoyu, pimenta Tabasco (umas gotinhas) e misturei tudo. Em uma xícara de café coloquei metade vinagre de arroz e completei com água. Nessa misturinha, acrescentei 1 colher rasa (sopa) de maizena – mexe bem pra dissolver.
Volta pro refogado. Não precisa cozinhar demais os pimentões – cozinhar pimentão demais é quase um pecado (segundo as regras da minha cozinha, obviamente, rs). Retira o refogado e junta lá na carne reservada.
Volta a frigideira pro fogo (só vai sujar ela, ó que maravilha?) e coloca lá a misturinha do suco de laranja. Mexe, raspando o fundinho da frigideira e traz pra panela a maizena diluída (mexe na xícara porque ela dá aquela grudadinha no fundo). Abaixa o fogo e mistura todo mundo. O molho vai começar a engrossar (se engrossar demais, junte um pouco de água ou mais suco de laranja). Prove e acerte o tempero. Traz de volta a carne e os refogado de cebola e pimentões e mistura tudo.
Desligue o fogo, junte cebolinha picada e gergelim torrado. Sirva com arroz quentinho ;)
Pra ver os preparos do dia-a-dia da minha cozinha, vai lá no Instagram @faby_zanelati.
Panqueca é uma paixão minha, quer seja a tradicional de massa fininha e recheada, ou essas do tipo americana, perfeitas para dar um jeito naqueles vegetais gritando na geladeira. Aqui, usei abobrinha do tipo italiana e incrementei com mussarela ralada – ficou deliciosa!
Eu faço no olhômetro porque basicamente já peguei o jeitão delas. A ideia é juntar os vegetais e temperos, ovos batidos, um tantinho de farinha para dar uma liga e fermento. Por ser tão simples, essas panquequinhas também são super versáteis – dá pra fazer com cenoura, espinafre, escarola, beterraba… Ah, e a fritura é sem óleo, em frigideira antiaderente, super prática.
Comecei ralando uma abobrinha italiana com casca e tudo (ralo grosso!). Depois, ralei também 3 palitos de mussarela (pode calcular aí 1/2 xícara mais ou menos), juntei 1 dente de alho amassado e 1/2 cebola ralada. Misturei e quebrei alí 2 ovos. Mexe de novo, tempera com sal e pimenta e junta farinha de trigo para dar liga – nessa minha foram 2 colheres de sopa cheias. Mexe de novo, deixa homogêneo e junte 1 colher (chá) de fermento em pó. Mistura, acerta o tempero e esquenta uma frigideira antiaderente.
Coloque uma porção de massa na frigideira quente e espalhe um pouco. A minha frigideira é pequenininha, já no jeito pra fazer essas panquequinhas. Se a sua for grande, coloque a massa no meio espalhe formando um círculo. Não é pra deixar muito fina, ok?
Abaixe o fogo e espere que a massa comece a fazer uma bolhinhas, que é a hora de virar para dourar do outro lado também. Dourou do outro lado também, está pronta!
Sirva quentinha com uma salada e pronto – prato único, prático e saboroso. Se quiser, um molhinho também vai bem – eu gosto de creme azedo, hummmmm!
Já sabe né? Estou lá no Instagram postando meu dia-a-dia na cozinha (nem sempre tão frequente, but) Me segue lá! @faby_zanelati
Eu já ensinei a fazer esse quadradinho de berinjela lá em 2017, aqui ó. Mas aqui em casa rolam diversas versões usando o mesmo quadradinho – com molho, sem molho, com caminha de tomate, com escarola refogada que sobrou e até com molho branco já fiz. Sempre fica bom. Sempre.
Então, hoje publiquei lá nos Stories do Instagram o passo a passo dessa versão aqui, com queijo branco, tomate e manjericão. Fácil, fácil, fácil. Vai lá conferir! Você acha também no destaque BLOG do meu perfil, combinado?
p.s: gente, minha cozinha tá praticamente monotema, variando entre vegetais … cada dia menos carne por aqui – não, não virei vegetariana, mas diminuímos demais o consumo. Conta pra mim, e aí na sua casa? Os vegetais também brilham ou você é #timecarnívora?
Muito além do quadradinho, se você também é #teamberinjela, esse blog tem muita opção, viu? Dá uma olhada…
Quem ama rondelli? Eu! Só que por aqui a versão tradicional com presunto, queijo e massa nunca rola. No lugar, entram vegetais como abobrinha e berinjela e pra rechear eu uso sempre uma base com ricota, incrementado com o que tiver à mão – gosto especialmente de incluir castanhas e uva passa (#freeuvapassa) mas dessa vez eu fui de espinafre, que orna tão bem com ricota!
Não tem receita (novidade!), mas prometo que você vai conseguir fazer com muita facilidade porque esse é daqueles preparos pá-pum. Vem comigo.
Primeira coisa a fazer é fatiar a abobrinha. Uso a italiana e, com um cortador, faço fatias finas até chegar na área das sementes. Viro a abobrinha e sigo fatiando – a ideia é que, ao final, só somente a parte central dela, onde estão a maior parte das sementes, ok?
Abobrinha fatiada, é preciso passar essas fatias por uma frigideira para que você consiga enrolá-las. Isso também vai fazer com que a abobrinha solte menos água na hora de ir pro forno.
Jogo rápido, tá? Coloca as fatias numa frigideira antiaderente, tempera com sal e pimenta e dá uma grelhada, virando para fazer o mesmo do outro lado. Ao final as fatias ficam ligeiramente douradas e maleáveis.
Fatias prontas, hora de preparar o recheio. Desta vez usei um pouco de espinafre que eu passei rapidinho pela água fervente, escorri e piquei pequenininho. Depois, misture com ricota e 2 colheres (sopa) de cream chesse, que entra só para dar uma liga no recheio. Temperei com sal, pimenta, azeite e noz moscada ralada. Pronto.
Para cobrir a travessa que levei ao forno, piquei tomate e temperei com sal, pimenta, azeite e folhas de manjericão. Você também pode usar uma camada de molho de tomate de sua preferência – a ideia é fazer uma “caminha” para os rondellis.
Agora a hora de montar os rolinhos. Use uma ou duas fatias de abobrinha (se elas estiverem muito fininhas), coloque um pouco de recheio na ponta, enrole e prenda com um palito de dente. depois, é só ajeitar os rolinhos na caminha de tomate e levar ao forno pré aquecido por uns 20/30 minutos.
Fácil, não? Se preferir, troque a abobrinha por berinjela, a ricota por queijo minas frescal, acrescente suas ervas favoritas e tempere como você gosta. A “receita” é bastante versátil – é só pegar o espírito da coisa, sacou? ;)
Sirva com uma salada e seja feliz!
Se fize, me marca lá no Instagram (@faby_zanelati), combinado?
Se você nunca fez conserva de cebola, não sabe o que está perdendo.
Se você é da turma que não curte cebola, pode pular este post porque aqui ó, tem uma amante da cebola <3 ainda mais preparada assim, em conserva. E se você come cebola cozida mas não gosta do sabor dela crua, essa conserva é para você. A maior reclamação dessas pessoas é sobre aquele ardidinho da cebola crua (que você eliminam apenas colocando as fatias em água com gelo, tão ligados né?) e neste jeito de preparar não vai ter nada de ardido, prometo.
E dá pra comer cebola em conserva com o quê, Fabiana? Dá pra servir com aquele grelhado, na salada, no sanduíche, no hambúrguer e até, e porque não, numa torradinha. Abra seu coração para a cebola e vem comigo.
Comece cortando a cebola roxa em fatias bem fininhas. Eu uso um cortador mara (veja na foto) mas você pode fazer as fatias com a faca, sem problema nenhum. Coloque as fatias de cebola em um vidro esterilizado e junte: 1 folha de louro, suco de 3 limões cravo (ou tahiti) e de 1 laranja pequena, 1 colher (sopa) de vinagre de maçã e 1/2 colher de chá de sal. É só colocar tudo isso direto nas cebolas, fechar o vidro e chacoalhar pra misturar bem.
Se você quiser deixar sua conserva ainda mais saborosa, junte grãos de mostarda e de pimenta (do reino ou rosa) e cravo (um só já é suficiente para uma cebola). O ideal é preparar e deixar na geladeira por umas horinhas antes de servir. Na hora de servir, dá pra ajustar o sal se for preciso.
Não disse que era fácil? ;) Prepara e me marca lá no Instagram (@faby_zanelati)?
Abobrinha crua? Sim senhor! Se você ainda acredita que abobrinha é um ingrediente que só funciona cozido, já pode ir mudando de ideia. Essa salada é fresquinha, crocante, um pouco azedinha (se você quiser) e perfeita para dias quentes e para variar aquela salada do dia-a-dia que, vamos combinar, às vezes enjoa.
O preparo é mega simples. A primeira coisa a fazer é cortar a abobrinha italiana em tirinhas beeem fininhas. Eu uso um cortador bem simples que faz esse trabalho muito bem, mas se você não tem um, faça fatias finas da abobrinha (com casca mesmo, ok) e depois faça as tirinhas. A ideia é usar toda a parte da abobrinha até chegar às sementes – essas a gente não usa aqui na salada mas você guarda para usar no caldo de legumes caseiro.
Usei uma abobrinha grande. Coloquei em uma travessa e reservei.
Peguei um punhado (um punhado mesmo, sem medida exata) de nozes e dei uma leve tostada na frigideira. Aqui é bem a seu gosto – mais ou menos nozes, você decide. Também dá pra trocar por castanhas, pistache, amêndoas… encontre a sua versão favorita ;)
Um pouco antes de servir é hora de temperar. Eu digo um pouco porque não é legal temperar e já servir. O bacana dessa salada é que a abobrinha dá uma ligeira curtida no tempero (por isso ela bem fininha ajuda muito) e fica muito mais gostosa. Então, tempere uns 20 minutinhos antes de servir, ok?
Para uma abobrinha usei o caldo de 2 limões cravo, mas principalmente porque eles eram pequenininhos (se for grande, pode ser um só) e também a raspa de um limão – neste caso, usei o limão tahiti comum porque não curto muito a raspa do limão cravo. Vale também o limão siciliano, se você tiver. Depois, é só juntar umas 3 colheres de azeite, sal e pimenta moída na hora. Mexa e deixe lá por uns minutinhos.
Pra finalizar, na hora de servir quebre as nozes por cima da salada e junte umas folhinhas de manjericão fresco – ou salsinha, coentro.
Pronto! Não dá nem pra chamar de receita, de tão fácil né?
Faz e me conta se foi sucesso aí também? Estou lá no Instagram (@faby_zanelati) esperando por você.
Quem não ama quindim? O doce, com jeitão brasileiro, dizem que nasceu em um convento em Portugal e da necessidade de dar alguma utilidade às gemas que sobravam dos ovos, já que as freiras utilizavam as claras para engomar seus hábitos.
Bom, história à parte, quindim é dos meus doces favoritos justamente porque não é tãaaaao doce, exageradamente doce. Nesta receita, da Rita Lobo, a quantidade de açúcar é perfeita e rende um doce capaz de agradar formigas e nem tão formigas feito eu. A receita é simples – 4 ingredientes apenas, masssss tem técnica. Doce é técnica, gente. Aqui tem uns truques para ter esse resultado perfeito, brilhante. Ah, e tem que ter paciência – tem etapas, descanso e aquela coisa toda que gente como eu tem dificuldade (admito). Mas, resolvi seguir a receita e todos os descansos e passos e deu super certo – quindim amarelinho, brilhante e reluzente. Recomendo que você faça e o mesmo.
Ah, e já aviso – prepara a cartela de ovos! A receita usa 15 gemas (!!!).
A primeira coisa é ralar fino o coco fresco – cerca de 100 gramas. O meu estava congelado em pedaços e usei o processador para deixar em pedacinhos. O resultado é que não ficou tão fino quanto o que passa pelo ralador e a camada de coco ficou mais grossinha, mas eu curti.
Em outra tigela coloque o coco ralado (100gr) e 1 xícara e meia de açúcar. Misture bem até ficar levemente úmido. Junte 3 colheres (sopa) de manteiga sem sal derretida (eu derreto no microondas, por uns 20 segundos). Daí é só misturar bem e deixar essa mistura descansar por 1 hora na geladeira. Cubra a tigela com plástico filme e leve pra gelar.
(vá lixar as unhas ou regar as plantas)
Na metade do tempo do descanso, comece a lidar com as gemas. Você precisa tirar a pelinha de 15 gemas. Pra isso, quebre os ovos um por um, separe as claras e coloque as gemas em uma peneira fina. Coloque a peneira apoiada em uma tigela e, com o garfo, fure as gemas e deixe que elas escorram pela peneira. Sem pressa e sem passar a colher. Ela vai pingando na tigela sem precisar mexer. O que sobra na peneira são as pelinhas finas que envolvem as gemas e que dá aquele cheiro característico do ovo.
Ah! Aqui cabe dizer duas coisas:
1. A qualidade do ovo faz toda diferença, néam? Usei ovos orgânicos, super amarelinhos e acabei com um doce lindo, sem cheiro ou gosto de ovo.
2. As quinze claras que sobram não precisam ser descartadas, ainda que você não tenho um hábito para engomar, ok? Guarde as claras e faça omelete, pudim de claras ou, como no meu caso, suspiros.
Voltando…
Bom, agora que mistura do coco já descansou, junte as gemas já peneiradas. Mexa só para incorporar e deixe a mistura descansar em temperatura ambiente por 30 minutos.
(terminou de regar as plantas?)
Pré aqueça o forno a 180ºC e leve 7 xícaras de agua para ferver (para usar o banho maria).
Unte generosamente com manteiga uma forma de buraco no meio (a receita original pede uma forma de 18cm, mas a minha tem 22cm – o resultado é um quindim mais fininho) e polvilhe açúcar, deixando uma camadinha fina no fundo na forma.
Pegue uma assadeira que caiba a forma e coloque um pano de prato dobrado. A receita diz que isso impede que a forma fique batendo na assadeira e, assim, o bichinho fica liso e brilhante como deve ser. Se é fato ou não, não sei, mas usei o pano de prato, just in case.
Agora coloque a forma por cima do pano de prato dobrado, leve ao forno e junte a água fervente para o banho maria.
Asse por 1h30 ou até que a superfície (a parte do coco) fique firme e o interior macio. No meu formo foram 1h15 – eu espetei o palito, que saiu lisinho e a parte de cima estava sequinha mas não dourada – fiquei com medo de assar demais e ficar duro.
Retire da assadeira e deixe amornar uns 30 minutos. No meu caso foi só girar a forma e o quindim estava todo soltinho. Se o seu estiver grudado, raspe com a faca as laterais da forma e o cone central, com cuidado!
Depois é só desenformar e correr pro abraço. Confesso que comi morno, mas você pode (e deve!) esperar esfriar antes de servir.
Essa terrine é linda, deliciosa e perfeita para o Natal – mas, Fabiana, o Natal já passou! Ok, o Natal já passou mas outro logo vai chegar, meu bem. Além disso, essa é daquelas receitas que também brilham numa ocasião especial, um jantar com amigos, um petisco para o almoço de domingo em família ou quando você simplesmente quiser – belezura e gostosura não precisam de data especial, certo? ;)
A primeira coisa a fazer é aquele tomate confit maroto que vai por cima. Ele é opcional, mas dá um glam. Se você não quiser prepará-lo aposte em uma finalização com amêndoas laminadas ou uma geleia de sua preferência.
Em uma travessa refratária coloque os tomates (usei esse em rama, mas pode ser o cereja ou sweet grape) e regue com azeite suficiente para cobrí-los. Coloque alguns dentes de alho e uma erva para dar sabor – alecrim, manjericão e tomilho ficam perfeitos. Leve ao forno preaquecido na temperatura mais baixa que você conseguir (geralmente em fornos caseiros essa temperatura é 150ºC) por uns 50 minutos. É bom ir checando depois de meia hora porque a ideia não é fazer os tomates desmancharem, ok?
Para a terrine é preciso apenas misturar bem 500 gramas de ricota fresca, 250 gramas de cream cheese, 2 colheres (sopa) de creme de leite e temperar com sal, pimenta e um tiquinho de noz moscada ralada. Misture bem até ficar homogêneo.
O pesto eu faço no olhômetro mesmo mas uma medida que funciona é 2 maços de manjericão (só as folhas), 100g de nozes, 1/2 xícara de azeite, 100g parmesão ralada, 2 dentes de alho. Tudo na medida que você gosta – o alho por exemplo eu gosto muito mas se você não é grande fã use apenas 1 dente. Pra fazer use um pilão ou um processador – é só misturar os ingredientes e bater. Se você estiver usando um processador, pode usar o trque da pedra de gelo (batida junto!) para deixar seu pesto bem verdinho.
Pra montar
Usei uma forma de bolo inglês (ou de pão de forma) forrada com plástico filme. É só fazer uma camada da ricota, por cima o pesto e finalizar com o restante do creme de ricota. Leve a geladeira até ficar bem firme – eu fiz de um dia para o outro e ficou perfeito.
Desenforme sobre uma travessa ou uma base, cubra com o tomate confit e sirva com torradinhas ou fatias de pão – eu fiz torradinhas de pão sírio (corta o pão, coloca sal, azeite e alecrim e leva ao forno pra dourar).
A foto não tá lá essas coisas pois era jantar de Natal e eu estou numa fase detox de celular (relevem), mas eu te garanto que essa terrine vai virar hit na sua casa. Aqui virou ;)
Volto logo, Faby
Mais sugestões?
A mesma base mas com recheio de tapenade.
Na cobertura, pimentões vermelhos assados sem pele.