Balinha de gelatina que não derrete, igual aquela marca famosa do shopping. só que feita em casa? Temos! E o preparo é tão simples que você pode até chamar a criança para fazer. Vamos aproveitar que o Halloween tá logo aí e apostar nessa gostosura? Aqui em casa é sucesso <3
Tudo que você precisa é de um pacote de gelatina do seu sabor preferido. – aqui eu tenho usado diet por uma questão de restrição ao açúcar mesmo, mas você pode usar o que preferir – mais um pacote de gelatina sem sabor e 150ml de água em temperatura ambiente.
Comece misturando as duas gelatinas. Quando estiverem misturadas, junte a água e agora misture bastante até virar um creminho. O truque é mexer, mexer e mexer. Virou um creme mais grossinho? É só levar ao microondas por 30 segundo e pronto! Eu disse que era muito fácil, né?
Eu uso uma forminha de silicone de quadradinhos bem miúdos mas dá para usar qualquer modelinho. Mas ó, as de gelo no tamanho tradicional são grandes demais. para encher uma delas você precisaria de muitas receitas e a bala ficaria muito grande. Assim, prefira essas menores ou aquelas de formatos fofos, estrelinhas, coraçõezinhos, ursinhos. A receita não rende muito, então se você tem uma turma grande em casa, melhor já partir com uma receita dobrada para garantir uma boa quantidade de balinhas, ok?
“Ah, mas a gelatina de pacote não é saudável”. Verdade. Por isso você pode e deve testar outras versões com gelatinas mais naturais – no mercado existem várias opções, inclusive orgânicas. Eu nunca testei porque sempre uso a versão diet que encontro no supermercado mas é bem provável que funcione bem com qualquer gelatina. Se você testar com outro tipo, volta aqui pra me contar? Vou adorar saber.
Sopa, simplesmente amo. Posso tomar sopa no frio congelante ou no calor escaldante, não importa. Qualquer sabor, a qualquer hora e principalmente quando estou triste ou cansada. Sopa me revigora, no corpo e no espírito. Assim, deu pra perceber que levo a sério essa coisa de sopa, né? ;)
Legumes são uma ótima opção para preparar sopas incríveis, muito saborosas. Meu truque quase sempre é assar os ingredientes antes e extrair ainda mais sabor. Aqui a beterraba foi assada embrulhada em papel alumínio até ficar macia. Leva tempo? Sim, leva. O que eu faço quase sempre é aproveitar o forno ligado para outro preparo e juntar o legume para a sopa – pode ser beterraba, cenoura, abóbora… todos ganham em sabor e dulçor quando assados.
Então, basicamente essa receita se resume a assar a beterraba, descascar e cortar em cubos. Numa panela é só dourar alho e cebola no azeite e juntar a beterraba. Mistura um pouco, junta um pouco de água fervente ou caldo de legumes, tempera com sal e pimenta, junta uma folha de louro e deixar ferver uns minutinhos.
Depois é só retirar a folha de louro e levar tudo pro liquidificador ou usar o mixer direto na panela (a beterraba precisa estar bem macia, ok?). Volta pra panela e aí é só acertar o tempero. Nessa hora você pode ralar um pouquinho de noz moscada, se gostar.
Pra servir, regue com um fio de azeite e um pouco mais de pimenta do reino moída na hora. Gosto de juntar uma colherada de iogurte ou nata, quando tenho e às vezes também me jogo em alguma erva fresca – gosto do frescor do coentro mas salsinha e cebolinha também brilham na receita.
Dessa vez fiz uns crocantes de parmesão pra acompanhar mas geralmente aposto no crouton e fica perfeito também.
No mesmo modus operandi você faz uma sopa incrível com cenoura, com cabotian, mandioquinha e até tomate, que fica um espetáculo assado e transformado em sopa.
Também ama sopa? Me acompanhe lá no Instagram @faby_zanelati que sempre rola uma receitinha ligeira por lá.
Como não amar um tartar? Um prato refrescante, facílimo de preparar e, ainda por cima, lindo!
Assim é o tartar de atum, que me salvou da fome e do calor dia desses (sim, é inverno mas tem dias que é verão desértico) – daqueles pratos que nem dá pra chamar muito de receita, sabe? Amo.
Aqui foi só cortar o atum (tinha 200g, ideal para uma pessoa só) em cubos médios e temperar. No molhinho usei shoyu, óleo de gergelim torrado e um molhinho sweet chilli mas também gosto de usar molho de pimenta Tabasco. Misturei tudo e juntei o atum picado. Mistura de novo e deixa marinar uns minutinhos.
Na hora de servir é só finalizar com azeite, um splash de limão, gergelim torrado e aqui ainda usei alho poró picadinho, mas fica perfeito com cebolinha, que eu infelizmente não tinha. Ah! Uma pimentinha dedo de moça também brilha muito.
Pronto. Simples, rápido e delicioso – o que mais a gente poderia querer? ;)
Também já rolou por aqui outras receitas de tartar que são babadeiras: de abobrinha e de salmão com maçã verde. Se você também é fã do prato, recomendo fortemente as duas.
Sopa, Fabiana? Isso aí não é sopa, você deve estar dizendo. E realmente não é. Essa, meus amigos, é uma receita com #polêmica – por causa do nome, da origem meio incerta e porque na real ela poderia ser chamada de Torta Paraguaia e estaria tudo certo. Masssss, a vida é cheia de surpresas, não é mesmo? ;)
Bom, eu não gosto de publicar receitas típicas porque elas sempre fazem chover haters ou simplesmente pessoas que se acham guardiãs das verdades absolutas, uma gente bem cansativa…. de modos que, evito. Mas, aqui a receita me foi passada pela sogra, que por sua vez aprendeu com uma paraguaia que, como toda brasileira que se preze, tratou ela mesma de dar aquela “brasilidade” para a receita – aqui não vai milharina nem farinha de milho. Assim, após extensa reflexão (aham), decidi manter o nome como sopa mas você, aí no conforto do outro lado da tela, pode dar o nome que quiser e todo mundo vai ficar feliz, talkei?
Sopa ou torta o resultado é um prato à base de milho e queijo, assado no forno mas que mantém uma cremosidade. Se você é fã de milho e de queijo, essa receita é pra você.
No liquidificador bati duas latas de milho – como meu milho era sem água, coloquei um pouquinho para poder bater. Sim, dá pra usar milho cozido, sem problema nenhum. Juntei alí 3 ovos, cerca de meia lata (usada como medida) de leite, uma pitada de sal, pimenta branca e bati bem batidinho. Numa frigideira dourei em um fio de azeite uma cebola bem grande (pode ser 2 pequenas) em cubinhos com uma pitadinha de sal, que ajuda a acelerar o processo.
Numa travessa é só despejar o milho batido com os ovos, a cebola douradinha e juntar 400gr de queijo meia cura ralado grosso (pode ser mussarela). Mexe, acrescenta uma colher (sopa) de fermento em pó e coloca numa assadeira untada com azeite e enfarinhada com fubá. Depois, cobre com parmesão ralado e é só levar ao forno pré aquecido a 200ºC até ficar lindo e dourado – leva uns 45 minutos.
Por aqui comemos quentinho, recém saído do forno, com uma salada verde… delícia.
Agora me conta, você acha isso parecido com uma torta, um suflê, uma sopa? Já provou a Sopa Paraguaia original? Conta pra mim lá no Instagram @faby_zanelati
Polvo não é uma coisa que a gente come todo dia, né? Bom, pelo menos eu não como todo dia. Aliás, como muito raramente, inclusive porque em casa sou a única apreciadora de frutos do mar – uma pena. Polvo também não era tão simples assim de comprar, até que passei a vê-los em uma loja de congelados ao lado de casa. Os tentáculos vem limpinhos, prontos para uso e embalagem pequena, perfeito para matar a vontade de uma criatura só.
E foi numa dessa embalagens que me peguei outro dia para preparar algo ligeiro e fresco – daí surgiu esse Carpaccio de Polvo que, sinceramente, estava coisa de outro mundo de tão bom.
Dá até pra dizer que nem é receita, é mais alguns truquezinhos para cozinhar e temperar pra ter um resultado delícia. Pra começar, eu descongelei o polvo e mergulhei os tentáculos na água fervente por três vezes. Isso teoricamente ajuda a mantê-los retos. Depois, cozinhei todos por 5 minutos e da panela eles foram direto para uma travessa com gelo, para frear o cozimento.
Pois é, polvo tem essa manha, de ter que cozinhar sem perder o ponto. O mais fácil (pelo menos eu acho) é cozinhar na pressão, daí a chance de erro é menor. O polvo quando muito cozido fica resistente na mordida e aí não é legal não.
Para o carpaccio eu cozinhei ligeiro mesmo, pra cortar fininho depois. Com uma faca afiada fiz fatias finas e coloquei no prato. Ali mesmo temperei com sal e pimenta moídos na hora e – o truque – raspas de limão, bastante, porque eu gosto ;) Rega um pouco com azeite e preparar também um vinagrete com cebola roxa, pimentão, pimenta dedo de moça e tomate, tudo temperadinho também. Na hora de servir, vinagrete por cima, mais azeite, o limão espremido e tá-dá! Pensa numa coisa boa?
Por aqui comi com torradinhas e uma salada verde fresquinha mas ele pode virar entradinha ou petisco, a depender da ocasião.
E você, gosta de polvo ou torce o nariz para o molusco? Me conta lá no Instagram @faby_zanelati
Todo mundo que me segue há tempo já sabe que eu não sou assim uma grande fã de saladas. Não desgosto totalmente e nem deixo de comer, nada disso, mas elas não são assim um prato que me arrebata, sabe? Eu driblo essa falta de entusiasmo caprichando em molhos diferentes e fugindo quando dá dos vegetais mais comuns. Assim, eu curto uma saladinha com legumes cozidos, grãos, conservas… enfim, uma salada com um pouco de bossa, tipo essa daqui.
Aqui a protagonista é a acelga, que eu amo e acho super desvalorizada (tal qual o repolho, que eu também amo). Ela cortada fininha e temperada com azeite, sal e limão já tem seu valor, mas aqui ela ganha uma pegadinha oriental que dá um sabor delícia e um charme.
Comece cortando a acelga em pedaços grossos. Depois, leve a acelga para dar um susto na água fervente – é susto mesmo, não é pra cozinhar completamente a acelga. Ela vai ficar um pouco macia mas ainda tem a crocância das partes mais grossas. Escorra a acelga já escaldada e aperte bem com as mãos, pra tirar o máximo de água que conseguir. Se tiver tempo, pode deixar em uma peneira também por alguns minutinhos. Reserve.
Em uma frigideira doure um tantinho de alho (depende da quantidade final de acelga e do teu gosto por alho – eu, claro, adoro). Quando ele estiver dourado, retire e reserve. Na mesma frigideira coloque açucar mascavo, shoyu, sakê kirin (o seco), umas gotinhas de óleo de gergelim torrado e misture bem, até derreter o açucar. A ideia é fazer um molhinho para a salada, então não precisa fazer muito, só o suficiente para temperar a acelga.
Quando o açucar já derreteu, despeje esse molhinho lá na acelga já escorrida e misture bem.
Agora é só finalizar com gergelim torrado (usei o branco e o preto) e cebolinha picada. Eu ainda acrescentei um pouquinho de dedo de moça picadinha. Delícia, delícia, delícia.
E você, já tinha experimentado acelga assim? Me conta lá no Instagram @faby_zanelati
Canja de galinha não faz mal a ninguém, já cantou Jorge Ben Jor. E não só não faz mal, como faz um bem danado, principalmente se a ocasião pede aconchego ou remédio pro corpo e pra alma. Eu sou suspeitíssima porque simplesmente amo canja de galinha – por muitos motivos, mas o maior deles sem dúvida é a acalmada que o prato dá no corpo quando ele está combatendo um vírus, uma bactéria, uma tristeza ou apenas uma ressaca. Canja é remédio sim! E aqui, como uma virose bruta se instalou nos meninos eu, que não sou boba nem nada, saquei logo a carta da canja ;)
Mas, apesar de ser remédio, já vou logo dizendo… se você é daqueles que faz a ligação de “canja = comida de hospital”, rapaz, pare com isso! Só posso te dizer que, na real, você nunca provou uma boa canja, só isso. A “canja de hospital” está ali cumprindo um propósito e faz todo sentido. Já a canja da sua casa deve ser apetitosa, suculenta, quente e muito, muito gostosa. E sabe como? Temperando, meu amor!
Pra começar, vale dizer que canja não precisa propriamente de receita. Ela é basicamente um arroz cozido em caldo de frango e pode ser feita de acordo com a tua cozinha, o teu gosto pessoal e também o tempo que você tem. Seja qual for a receita ou o modo de fazer, o segredo é caprichar no tempero e também no feitio, se a pressa permitir.
A primeira coisa é produzir um bom caldo de frango – ele é a base da receita e não, não o tabletinho não produz nem de longe o mesmo resultado. Para um bom caldo, minha versão favorita leva sobrecoxa de frango (também minha parte favorita da ave) mas também rola um peito de frango inteiro, com osso e pele. Comece levando o frango para a panela de pressão com um fiozinho de óleo. Pode deixar dar aquela “pegada”no fundo da panela e aquele bronze ligeiro no frango. Daí entre com os temperos: minha sequência favorita é pimenta em grão, folhas de louro, uns dentes de alho (pode usar inteiro, só levemente aberto), uma cebola cortada na metade e uma pitada de páprica doce. Coloque o sal e junte bastante água fervendo. É só mexer, fechar a panela e deixar cozinhar até o frango se soltar do osso. Coe o caldo que restou na panela (pode ser que no meio do processo você precise acrescentar mais água) e desfie o frango.
Agora em uma panela refogue alho e cebola até dourar. Junte uma cenoura raladinha e acrescente o arroz (eu sou do time que lava arroz). Traga o caldo do frango para a panela e uma parte do frango desfiado. A quantidade de caldo deve ser suficiente para cozinhar o arroz sem secá-lo. Acerte o sal, junte uma folha de louro e deixe o arroz cozinhar. Aqui cabe uma observação: eu gosto de canja com o arroz mais firme, sem virar uma papa, mas também acho que isso é bem do gosto pessoal. Como minha preferência é pelo arroz ainda firme, costumo desligar o fogo quando ele ainda está resistente na mordida – daí eu junto cebolinha picada, tampo a panela e ele finaliza o cozimento.
Pra servir: canja no prato, um pouco de frango desfiado, mais cebolinha fresca (eu não sei fazer canja sem cebolinha), um fiozinho de azeite e, quem sabe, um pouco de parmesão ralado, se a ousadia estomacal permitir.
Tem que comer quentinha, assoprando <3 Canja é amor sim!
E você, tem aí uma receita favorita de canja de galinha? Me conta!
Tá linda essa couve chinesa, não? E ela está aqui para ilustrar uma prosa que eu precisei trazer do pântano das redes sociais pra cá. E já que o assunto virou debate, algo que eu até acho bom, aqui vão meus dois centavos sobre o tema. Puxa um banquinho aí.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o CEO do iFood disse que “em dez anos ninguém mais vai cozinhar”. Segundo ele, da mesma forma que não costuramos nossas roupas, também não faremos mais nossa comida porque, em poucos anos, pedi-la pelo aplicativo será tão barato e acessível que não fará mais sentido ir pra cozinha.
A declaração, claro, dividiu opiniões e não é pra menos. Ela começa desconsiderando a relação tão íntima do brasileiro com a comida e chega a ser pedante quando dá à tecnologia a responsabilidade de nos alimentar. E se o aplicativo vai entregar nossa comida, quem vai cozinhá-la então? Ela vai brotar em árvores ou, numa versão black mirror, ser produzida numa impressora comandada por inteligência artificial? Parece que não. A fala do CEO não leva em conta a mão de obra que vai produzir a comida que ele pretende entregar justamente porque ele não acha isso importante, como se cozinhar fosse algo menor – pedante, de novo.
Muito que bem.
O CEO parece desconhecer a situação de fome e insegurança alimentar que vivemos no país. Gente que não come, não porque não tem tempo para cozinhar mas simplesmente porque não tem comida. Também deve ignorar um movimento bastante interessante que vivemos, o da busca por uma alimentação mais saudável que, inclusive, tem produzido mudanças consideráveis na própria indústria alimentícia. Se buscamos comer melhor, faz todo sentido que a gente se conecte cada vez mais com a cozinha, e não o contrário.
A tecnologia é algo que veio pra ficar? Sem dúvida. Ela é um grande facilitador? Ninguém é doido de negar isso. Só que cozinhar é muito mais do que apenas produzir comida para nos alimentar. Cozinhar é um ritual, algo que fazemos quando estamos felizes, reunindo a família e os amigos, ou quando estamos tristes e fazemos um brigadeiro de panela pra comer entre lágrimas na cama. Cozinhar é também a chance de fazermos escolhas melhores para nossa saúde, para a nossa família. Afinal, só quem já fez um molho de tomate caseirosabe a diferença que isso faz em um simples espaguete. Nosso corpo agradece e nossa mente também: cozinhar é terapêutico, Sr. CEO.
Eu torço para que daqui dez anos estejamos todos cozinhando muito, juntando os nossos queridos ao redor do fogão, tendo comida de qualidade em nossa mesa – em todas as mesas. Torço para que mais pessoas façam seus molhos, suas massas, seu pf honesto. E quando a preguiça bater ou a vida nos atropelar ficarei feliz de saber que o aplicativo está lá para nos ajudar, mas nunca para nos limitar.
Ah, e a couve? A couve é a prova de que um ordinário pode virar extraordinário graças à magia da cozinha. Troque a couve manteiga por couve chinesa (aqui acho na feira e no hortifruti), refoque com óleo de gergelim no lugar do óleo comum ou azeite, doure alho, tempere com molho de soja no lugar do sal e finalize com gergelim torrado. Pronto! Sai a couve refogadinha básica (que eu amo também) e entra essa versão cheia de bossa e sabor, ótima pra mudar o humor de um dia de semana, perfeita para compôr seu pf delícia com muita graça.
Cozinhem sempre. Cozinhem muito. Ensinem seus filhos e filhas a cozinhar! Assim, quando a tecnologia ameaçar nos cercar ou tirar de nós o prazer de ir pra cozinha, que a gente seja capaz de desligar a tela, abrir um vinho e fazer um assado bem suculento e cheiroso.
Tô lá no Instagram @faby_zanelati mostrando minha cozinha que, mais do que nunca, é também de resistência.
Arroz de festa? Sim! Sou eu, em plena quarta-feira de cinzas trazendo essa delícia com um pé no Oriente Médio que pintou no meu Carnaval. Tô sumida? Tô. A vida segue frenética? Segue. Só que coisa boa a gente tem que compartilhar mesmo e, ó… esse arroz aqui é muito brilhoso, lindo e delicioso. Só faz e me conta depois.
Comece deixando a lentilha de molho em água morna (usei 1 xícara) . 30 minutinhos já tá bom. Lave seu arroz, se você for do time que lava arroz e reserve. Pode usar a mesma quantidade de ambos ou mais de um ou do outro, de acordo com seu gosto.
Agora, a cebola… Para cada xícara de arroz e lentilha vale a pena usar uma cebola bem grande ou duas médias, ou até mais, se você gostar muito, como eu. Descasque, corte as cebolas no meio e passe cada metade na mandolina ou cortador – a ideia é fazer meia lua, nem muito fina nem muito grossa.
Em uma panela grande coloque 2 colheres de manteiga e um fio de óleo. Espere derreter e junte a cebola cortada. Junte uma pitada de sal e uma de açucar, pra ajudar na caramelização. Agora é paciência pra deixar a cebola dourar, sem queimar, mexendo vez ou outra. Uma vez dourada, tire a cebola da panela e reserve.
Volte a panela para o fogo e leve uns 300gr de peito de frango em tiras para dourar. Eu gosto de temperar o frango antes – sal, pimenta, limão e alho amassado.
Quando o frango estiver dourado, junte um pouco mais de manteiga (pode usar azeite, se preferir) e acrescente uns 3 dentes de alho amassados. Deixa dourar mais um pouco e traz para a panela metade da cebola caramelizada, o arroz já lavado e escorrido e tempere com cominho, cravo em pó, canela e pimenta síria, tudo ao seu gosto, uma pitadinha de cada e vai provando. Agora traz a lentilha que estava de molho (escorrida, sem a água) para a panela, mistura todo mundo muito bem, acerta o sal e traz água fervente, como você faz no arroz normal.
Cozinhe até arroz e lentilha ficarem macios mas não desmanchados, hein? Desligue o fogo, traga a outra metade da cebola caramelizada que você reservou, junte salsinha picada e regue com azeite.
Sirva quentinho com uma saladinha de pepino e iogurte e suspire – fica bom d e m a i s!
A saladinha eu volto pra contar outra hora.
Quer acompanhar mais o que rola na minha cozinha? Vai lá no Instagram @faby_zanelati
Sumi porque a vida quis assim, mas voltei com bolo… de mirtilo, te mete.
Mirtilo, ou blueberry, é uma frutinha metida a besta que meu filho diz que é azul (tá mais pra roxo) e que pertence à família das frutas vermelhas, todas carésimas e, na minha modesta opnião, talvez valorizadas demais. Ok, amora, framboesa e mirtilo são gostosas, mirtilo principalmente, porque é a mais azedinha, mas elas tem peso de ouro por aqui e não são lá muito acessíveis – nossa boa e velha jabuticaba dá de mil (embora, também não seja lá muito barata). Porém, num desses alinhamentos astrais, encontrei uma oferta bacana de mirtilo e comprei uma caixinha porque meu filho tinha uma atividade de frutas na escola e o que sobrou virou bolo e gelo para o meu gin (tô insuportável, eu sei…rs).
Esse bolo, já aviso, não é aquele bolo dulcíssimo. Então, se você é do time formiga, talvez esse não seja um bolo pra entrar no seu top10 da vida mas eu garanto, ele é uma delícia. O azedinho do mirtilo e do limão siciliano garantem um bolo doce na medida (pra mim, claro) e perfeito para tomar com café. Ele também é um bolo prático, batido a mão mesmo, bem fácil. Bora?
Comece untando uma forma de bolo inglês e forrando com papel manteiga. Pode fazer na forma de buraco? Pode. Na quadrada, na redonda? Também pode. Aproveite e também pré aqueça o forno também a 180ºC.
Em uma tigela misture 1 xícara de açúcar com as raspas de 1 limão siciliano. Para o limão, já sabe né? Raspe somente a parte amarela pois a parte branca é amarga ok? Acrescente 3 ovos e 3/4 xícara de óleo e misture bem. Junte 150gr de iogurte natural e o caldo do limão siciliano. Misture.
Agora, acrescente 2 xícaras de farinha de trigo peneirada e 1 colher sopa de fermente em pó.
Pegue 200gr de mirtilos e passe-os pela farinha de trigo – esse supostamente é o truque para os mirtilos não se depositarem na parte de baixo da massa. Digo supostamente porque até hoje nunca deu certo comigo, mas eu acredito no processo então, confia….rs.
Junte os mirtilos passados na farinha na mistura do bolo, misture, coloque na forma preparada e leve ao forno (200ºC) por 45 minutos ou até passar no teste do palito.
Leu quiabo e já estremeceu? Bom, quiabo é mesmo daqueles ingredientes que ou você ama ou ode14. Aqui em casa somos do primeiro time e ele sempre aparece no nosso cardápio. A versão refogadinha é a mais comum, mas quiabo vira uma salada incrível e ainda fica perfeito nessa versão, grelhada. Aqui o meu truque é o contraste do salgado do shoyu com o mel… delicioso.
Pra começar é preciso lavar bem o quiabo e, o principal, secar bem tb. Eu lavo sem retirar o cabinho, pra não juntar muito água e retiro o cabo só depois de seco. Então, lave e seque os quiabos e corte o cabinho e a ponta, se quiser, e depois parta ao meio, no sentido do comprimento.
Em uma tigela misture shoyu, mel (só um tico), pimenta do reino (usei umas gotinhas de Tabasco também) e azeite. As medidas dependem do seu gosto e da quantidade de quiabo, ok? A ideia é que você tenha quantidade suficiente desse temperinho para besuntar todo o quiabo. Misture bem com as mãos e leve para grelhar em uma frigideira aquecida. Grelhe de um lado, depois vire para grelhar do outro. É coisa rápida, viu? Dois minutinhos de cada lado são mais do que suficientes – eu gosto dele al dente, caso você prefira mais molinho, deixe mais.
Aqui vale dizer que, se você usar muito mel, pode ser que ele queime um pouco na frigideira. Então, coloque pouco ou substitua por açúcar mascavo. A função é só “quebrar” um pouco o salgado do shoyu e trazer um toque agridoce.
Na hora de servir, gosto de colocar folhas de coentro (ih, mais um ingrediente problemático…rs) mas como eu não tinha, fui de cebolinha picada.
Fiz como prato principal porque em casa praticamente não comemos carne durante a semana, mas também gosto de preparar esse quiabo para acompanhar grelhados.
E aí, vai dar uma chance para o quiabo? ;) Faz e me conta?