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Wraps

Vamos começar do … começo.

Tomate Seco

Eu havia comentado aqui com a comadre Katita que eu prefiro comprar o tomate seco sem tempero para só então temperá-lo ao meu gosto. Ela citou a dificuldade de se fazer o tomate seco no processo todo e realmente, dá um trabalhão dos infernos fazer a secagem, perde-se um tempo imenso e o rendimento é baixíssimo. Fora o custo altíssimo – horas de gás, baixo aproveitamento do tomate e o custo dos ingredientes para temperá-lo, que devem ser de excelente qualidade, a começar pelo azeite.
Enfim, dá trabalho e por isso mesmo você sempre se espanta com o preço cobrado pelo quilo. É caro, mas quase sempre é justo.

Ontem eu estive no Mercadão e comprei dois pacote do tomate seco, a seis pilas cada um. O rendimento é grande, e teve custo final (já contando azeite) de uns R$ 18,00 – uma pechincha por essa quantidade.

O tomate vem sequinho, é hidratado em água quente e depois bem escorrido. Vai para o tempero que você quiser – eu usei azeite, manjericão e orégano secos, uma folhinha de louro, sal e pouquinha pimenta calabresa. Depois de temperado pode ficar em vidro bem fechado na geladeira e ser usado no que você quiser – antepasto, massas, risotos.

Esse daí da foto meu marido comeu metade da travessa puro, sem pão, sem nada. Preciso dizer que estava muito bom? ;-)

E com o tomate seco

… dá pra fazer muita coisa, mas além do óbvio também dá pra fazer…wrap. E foi isso que eu fiz ontem para uma pequena reunião em casa.
Wrap (embrulho) é um sanduíche feito de pão folha, um pão finíssimo geralmente encontrado em lojas de produtos árabes, que lembra o pão sírio mas é bem maior e muito mais fino.

Eu escolhi três recheios – tomate seco, rúcula, mussarella de búfala, manjericão e nozes/ rosbife, agrião, ementhal e tomilho/ alface, rúcula, gorgonzola, mussarela, damasco e molho de iogurte com mel* (criação de um blog de culinária cujo endereço eu lamentavelmente perdi).

Para fazer o wrap é só pincelar azeite no pão, cobrir com o recheio escolhido disposto em camadas e aí enrolar delicadamente (delicadamente mesmo!) como um rocambole. Um corte na diagonal e, para ficar charmoso, amarrar com cebolinha (escaldada, como eu já ensinei aqui).

Antes da matança no wrap, um prato com antepastos – minha famosa beringela, que continua sendo um sucesso de público e crítica, uma pasta de tomate seco feita com nata trazida pra mim diretamente do RS (né Clau?) e azeitonas temperadas com shoyu, azeite e óregano – tudo com pão italiano.

Para acompanhar (e bem acompanhar) os wraps, um molho de pimenta customizado, feito com pimentas da própria horta (sorry beibes…hohoho) e bem ardido – porque molho de pimenta meia-boca é para os fracos. Rá!

Junte a isso, uma coletânea em mp3 de frechibéquis de categoria rolando solto, cinco litros de cabernet sauvignon, cerveja pra quem é de cerveja (I!), um jogo de tabuleiro, uma turma muito animada e você terá sete horas de pura animação. Tá bom pra você? :-)

***
No molho de iogurte tem um copinho de iogurte natural, uma colher de sopa de mel, sal, pimenta branca moída, salsinha, cebolinha e uma colher sopa de molho inglês.

***
O pão folha pode ser comprado também no Mercadão. Custa 6,50 o pacote com 9 unidades (depois cortados em duas partes).

O assunto rendeu…

Ainda sobre os wraps, recebi vários emails perguntando muitas coisas e muitas mesmas coisas, então vou responder por aqui assim todo mundo tira as dúvidas.

1) Sobre o pão folha.
Sim, o nome é esse mesmo e de fato eu nunca vi vendendo em nenhuma padaria ou supermercado. Pra quem mora aqui em Sampa dá pra comprar no Empório Sírio na região da 25 de março ou no Mercado Municipal, no box especializado em pão.
Casas especializadas em produtos árabes também podem ter esse pão à venda, infelizmente eu não tenho nenhuma outra para indicar (mais endereços nos comentários). E alguém perguntou se tem no Catedral ou no Jaber – não, não tem. Pelo menos eu não encontrei das vezes que procurei.

2) Sobre o tomate seco
O tomate seco sem tempero eu também compro no Mercadão. Atendendo a vários pedidos, fui revirar e eis aqui os dados completos (ufa!)

Rua F box 21
Telefone: 3228-1854

Preço:
Quilo – R$ 52,00
Os pacotinhos que eu comprei tem 100 grs e custam 6,00. Também tem o pacote com 1/2kg a 26,00.
Site do Mercado Municipal: www.mercadomunicipal.com.br

Depois dessa tenho créditos com vocês ahn? ;-)

3) Montagem dos wraps
:: O azeite é pincelado somente na parte que vai ficar por dentro (interna), por fora não vai azeite não.
:: Eu enrolo como panqueca, ou seja, dobro também a parte que vai ficar na lateral, de modo que fique “fechadinho”.
:: A cebolinha é a normal, passada pela água quente para que não quebre quando você der o nó.
:: o molho de iogurte vai dentro mesmo, na hora de montar, não é servido à parte não. À parte eu só deixei pimenta. Atenção porque esse wrap que vai o molho de iogurte tende a ficar mais “molhado”, portanto não faça com muita antecedência para não amolecer o pão okey?
:: o damasco é picadinho né minha gente? ;-)

Pessoal, o manuseio desse pão é chatinho porque ele é fino mesmo. Na hora de enrolar tem que ser com jeitinho, com amor tá? Ah… e as folhas (alface, agrião, rúcula) tem que estar SECAS óuraite?

Acho que é isso. Se tiverem mais dúvidas usem os comentários… aliás que onda é essa de ter “vergonha” de escrever nos comentários hein comadres? Só vocês mesmo! :-)

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques Receitas

Queijo & Vinho

Nada como ter um contato direto com o produtor de vinhos (né Clau?) e acesso ao Mercado Municipal de São Paulo, o lugar mágico onde brotam queijos de todas as espécies com precinhos muito camaradas. E já que temos tudo isso, que tal um queijo e vinho com os amigos para comemorar o aniversário da sogra?

Tudo que você precisa saber sobre uma noite de queijo e vinho…

. Calcular a quantidade
Teoricamente o cálculo para receber com uma noite dessas é de 150grs de queijo por convidada e 180/200grs por convidado, isso se você vai servir mais coisas além de queijos (pães, pastas, patês. Já o cálculo da bebida é mais complexo, principalmente se você tiver uma turma como a minha :-) O melhor é fazer amizade com alguém de Bento Gonçalves (né Clau?)…hohoho, assim você garante que estará sempre muito bem abastecido…hohoho
Sempre vale lembrar povo que os vinhos nacionais estão cada dia melhores e os preços são bem convidativos, então não se descabele porque dá pra gastar um valor “humano”. Pesquisar os preços dos vinhos em distribuidoras é sempre uma boa pedida – se consegue bons preços em caixas fechadas.

. Acompanhamentos
Não é porque é queijo e vinho que tem que ter SÓ queijo e vinho (embora também possa). Eu gosto de uma bela cesta de pães e algumas pastas para acompanhar, além de frutas (não cítricas).

Pães: italianos, ciabattas, baguetes, integrais e até o bom e velho pão francês (eu compro um mais compridinho que chamamos de caseirinho). Deixe os pães inteiros e providencie uma tábua e uma faca de pão para que os convidados mesmo cortem.

Frutas: Uva e queijo é uma combinação batuta. Morangos também ajudam a compor uma mesa bonitona.

Patês/Pastas: Não faça nada de sabor muuuito acentuado e dê preferência para bases de queijos cremosos, como o requeijão por exemplo.

Bebidas: Quem bebe vinho tem que beber também água. Providencie uma jarra com água fresca (não gelada). Vai por mim, para equilibrar a sua conta de vinhos, providencie uma bela sangria. Faz muuuito sucesso!

. Tipos de queijos
Depende do número de convidados. Quanto mais convidados, maior a variedade de queijos oferecida, levando em conta o seguinte cálculo:

25% de queijos de mofo branco e azul (Camembert, Brie, Gorgonzola, Roquefort).
50% de queijos tipo suíços e suaves (Gruyère, Gouda, Itálico, Emmenthal, Estepe).
25% de queijos de sabor forte (Parmesão, Provolone, Reino)

. Tipos de vinho
Vinhos diferentes combinam com queijos diferentes. A regra aqui é bem complexa, coisa de entendidos e sommeliers, coisa que a gente não é…hohoho. E que fique claro que eu não manjo nada mesmo de vinho, a não ser de bebê-los em quantidades exageradas e não recomendadas pelo Ministério da Saúde… Mas, a literatura sobre o assunto é extensa e dá pra pesquisar bem antes de fazer as compras. Eu arrisco dizer, como leiga, que para não errar é bom ter pelo menos 3 tipos de vinho, indo do mais suave ao mais encorpado. Espumantes também rolam e acompanham bem os queijos fortes.

. A mesa
Os queijos vão em pedaços inteiros, de preferência dispostos de acordo com sua categoria (suaves, fortes…) – tem que ter faquinhas separadas. Eu adoro frufru por isso providenciei plaquinhas luxo com os nomes do queijo para identificá-los. Sim, porque eu sou muuuuito metida messss.

Eu fiz no computador e imprimi em papel cartão brilhante, cortei, dobrei e voilá!

Se você quiser também dá pra fazer as boas e velhas bandeirinhas para espetar em cada queijo – eu prefiro as plaquinhas.
Frutas enfeitam bem as tábuas de queijos. Tábuas???

Então gata, o “correto” é servir os queijos em tábuas largas mas, veja bem, com grandes quantidades de queijo você vai precisar de muuuuuita tábua porque é preciso que haja espaço entre os queijos para cortá-los e boas tábuas de queijo custam os zóios-da-cara. Sendo assim, faça como eu – inove. Eu servi os queijos em assadeiras de pizza de vidros e um prato de microondas. Sim, sim, sim, ficou muito bonito, funcional e combinou deveras com o serviço de prata que estava acompanhando (eu já falei em luxo aqui? rs).
Então não estresse e garimpe aí no teu armário uma solução alternativa. Boas idéias nascem assim mesmo.

Se você optar por fazer a sangria, sirva-a em jarra de vidro e copos altos. Reserve colherinhas daquelas compridas (como as de sorvete) para que as pessoas que quiserem se sirvam das frutas que ficam no copo.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques

Brunch

(imagem: Constance Zahn)

Eu poderia contar uma linda estória de um brunch que teve um final muito feliz, mas acho melhor não entrar em detalhes…hohoho ;-) Sendo assim, vou apenas me declarar fã e dizer que o brunch é uma alternativa muito bacana para receber em casa justamente por ser muito flexível, além do que o trabalho acaba sendo muito pouco pois a maioria das coisas você vai comprar pronta.
Eu gosto de dar o meu toque, por isso prefiro servir uma torta (geralmente de massa podre e frango ou legumes) ou um bolo daqueles gelados de pão-de-forma, manja? Acho aquilo delicioso e vou postar logo aqui uma receitinha minha que é supimpa, super colorido e muito lindo. Também dá para fazer uma omelete bem caprichada (já disse aqui que eu amo omelete?) que fica muito bom também.

Por enquanto, fiquem com as dicas que encontrei no site da consultora de etiqueta Cláudia Matarazzo

***

O “brunch” foi criado pelos americanos e, na verdade, serve para definir uma das boas invenções para convidar os amigos para um encontro quase matinal. Depois virou moda nos hotéis, embora o gostoso seja em casa mesmo.

É uma mistura de breakfast (café da manhã) com lunch (almoço). Funciona com todas as vantagens destas duas refeições, é uma solução mais prática e – sem dúvida – mais original do que o velho e bom almoço de domingo.

· Não existe um horário certo para servir o brunch. Ele não sai, mas “fica”: a partir das onze da manhã (ou até dez e meia, dependendo do seu horário de acordar) está valendo. A mesa fica colocada e quem for chegando pode se servir a medida que der vontade ou fome.

· Vantagens:

– Você não precisa servir a todos, nem correr entre a cozinha e a sala. E aproveita muito mais a conversa e a companhia.

– Por ser um serviço onde cada um se serve, os utensílios são mais simples e práticos.

– Pelas suas características, agrada tanto a vegetarianos radicais quanto gulosos de plantão, ou os loucos por dieta.

– Você não precisa servir alcoólicos – afinal não é aconselhável começar o dia com uma caipirinha ou cerveja estupidamente gelada.

– Serve para todas as ocasiões: batizados (que, em geral, acontecem pela manhã), casamentos, primeiras comunhões, aniversários de pessoas mais velhas (que gostam de almoçar cedo, assim não precisam esperar todos chegarem por volta de duas da tarde).

· Basicamente serve-se tudo o que estamos acostumados a ver em um super café da manhã e alguns pratos quentes de fácil preparo.

– Café, leite e chá (pode se deixar apenas os saquinhos expostos para cada um escolher e fazer o seu).
– Sucos e/ou refrigerantes.
– Pães e torradas em todas as suas variações.
– Um queijo branco ou amarelo.
– Presunto.
– Mel/geléia.

Até aqui parece que estamos falando de um café da manhã ou chá comum. Mas a graça começa quando acrescentamos:

– Salaminho ou outros frios fatiados.
– tortas salgadas.
– uma salada de folhas.
– coalhada fresca ou iogurtes.
– mini salsichas.
– esfihas.
– frutas.
– uma torta doce cremosa ou qualquer outro doce como quindão.

É claro que todos estes pratos não são necessários. A escolha é sua. Como eu disse, você não é obrigado a servir alcoólicos. Porém, se quiser não tem o menor problema. Principalmente se a reunião se prolongar até mais de cinco da tarde. Neste momento, é super elegante servir um vinho espumante. Cai bem sempre. Como aliás qualquer boa cerveja. Que, de resto, pode começar a circular gelada sem problemas depois da uma da tarde.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

delírios e outros bichos vai rolar a festa

Cozinhar e blogar, é só começar!

Foi com esse lema que abrimos, às 9 da manhã, a primeira e linda edição do RangoCamp em São Paulo, no último domingo (27/06) na Cozinha da Matilde.

O evento, organizado por mim e mais quatro blogueiros malucos e mega dispostos (Leandro e Débora do Cozinha Pequena, Júlia do Boa de Garfo e Letícia do Cozinha da Matilde), tinha uma intenção: reunir em um só lugar blogueiros de comida para trocar informações e experiências sobre técnicas, ingredientes, utensílios; para passar o dia falando sobre nossa paixão em comum: a cozinha e, mais do que tudo, para cozinharmos juntos!

Para que isso acontecesse, disponibilizamos aos participantes dois fogões industriais, uma churrasqueira e um forno a lenha; todo tipo de utensílios e louças de serviço; um espaço lindo com o jardim mais acolhedor do mundo e a equipe mais comprometida e atenciosa que um evento dessa proporção poderia ter (Zena, Paloma, Paulinho, vocês foram perfeitos!). São Pedro colaborou deveras mandando para nós um domingo radiante e ensolarado no inverno da Paulicéia, e assim aconteceu o (modéstia às favas) melhor evento que já organizei – eu diria perfeito, mas talvez isso soasse pretensioso (rá!). Cada participante reservou com antecedência um horário em um dos ambientes disponíveis para cozinhar e, por mais incrível que pareça, conseguimos seguir o cronograma direitinho e todos os pratos saíram nos horários previstos (eu não disse que tinha ficado perfeito?).

Foram 10 horas de evento, mais de 40 pratos preparados ao longo do dia pelos mais de 30 blogueiros participantes. Da churrasqueira, do forno a lenha e dos fogões saíram delícias como Risoto de funcho, camarão e alho negro; Polenta grelhada com escabeche de sardinha; Bruschettas de cogumelos paris; Almôndegas de frango caipira; Pães na panela de barro; Petit gateau de pequi; Pamonha cremosa com salsa de coentro, tomatinhos e cebola roxa; Farofa de pinhão; Caldinho de xuxu com camarão; Chips de cabochan, jiló e abobrinha; Carpaccio de carne de sol; Quiches; Pernil com tomates assados; Almôndegas de beringela e gergelim; Brigadeiros de colher; Patê de shimeji; Fricazza; Cupcakes; Biscoito de polvilho (feito na hora) com geleia de gengibre e molho de queijo; Yakiniku e Gohan; Salada de bifum; Guacamole; Brownie de chocolate branco e avelãs; Pataniscas de bacalhau e tantas outras delícias que minha péssima memória não vai permitir que eu lembre de todas agora.

Tivemos degustação de cachaças Fulô, uma aula de harmonização e degustação de cervejas (Colorado e Bamberg) com o mestre Edu Passarelli e uma incrível degustação às cegas, comandada pelo Ateliê no Escuro. Espumantes, cervejas, água aromatizada e drinks de frutas estiveram disponíveis ao longo de todo o dia e, como a Cozinha é WiFi, os blogueiros estenderam o evento para a net e os muitos e muitos notebooks dividiram espaço na mesa com os diversos pratos a serem degustados.

Cara, eu poderia me estender hoooras nesse post e ainda assim não sei se diria com exatidão o quão lindo foi participar dessa experiência, encontrar todas essas pessoas, experimentar ingredientes que eu nunca havia provado (o que é aquele alho negro, pelamor?!), descobrir técnicas que eu não conhecia (como a de curar a carne por exemplo, que já virou minha nova empreitada) e ver ao vivo pessoas que eu já admirava virtualmente cozinhando e dividindo conosco seus segredos e manias na cozinha.

Saí do evento às oito da noite, ultra mega cansada, mas com a incrível sensação de trabalho bem feito e feliz, muito feliz, principalmente por sair de lá com muito mais conhecimento do que entrei. Foi lindo pra cacete :))))

E um negócio tão bom merece ainda muitas outras edições. Aguardem =)

(fotos: Gabi Butcher, a fotógrafa oficial do evento e a mais fofa ever!)

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

no carrinho

De granja, caipira ou orgânicos?

Eu deixei de comprar frango comum há tempos, mas ainda tenho certa dificuldade quando o assunto é ovo e acredito que o maior problema está na falta de informação. Você sabe a diferença entre os ovos citados no título desse post?

Pois é, ovos de granja todo mundo sabe né? É aquela produção em escala industrial, com aves tratadas da pior maneira possível e o uso daquelas já famosas substâncias que produzem aqueles frangos imensos que você encontra no supermercado – é o chamado “frango com bomba”, que cada dia que passa tem mais gosto de qualquer outra coisa, menos de frango.

Mas, e o orgânico e o caipira?

Então… até pouco tempo atrás eu acreditava que eles eram a mesma coisa, mas foi pesquisando sobre o assunto que acabei descobrindo as diferenças importantes nesses estilos de produção, como vocês vão observar no texto da TV Ecológica de autoria de Bruna Rosalem, que vou reproduzir abaixo. Para mim, hoje importa muito o estilo de criação – definitivamente galinhas confinadas em gaiolas é uma coisa que eu não quero mais pra mim – e, claro, a alimentação das aves. No entanto, encontrar ovos orgânicos não é tarefa das mais fáceis não, o que também é totalmente compreensível, certo? Produções menores, menor oferta do produto, o que explica que nem sempre o ovo orgânico esteja disponível no supermercado (no Pão de Açucar tem sido o lugar mais fácil de encontrar, mas as vezes falha também) . Na ausência de um ovo totalmente orgânico, tenho me virado muito bem com os caipiras e com os que são produzidos em um modelo mais natural, como os da Korin – que não usam hormônios de crescimento e que também não criam os animais confinados, embora não possam ser chamados de caipiras. Viu que complexo?

O que eu acho mesmo é que faltam informações mais claras na embalagem, sobre a denominação, o tipo de criação e ainda os certificados que garantam que você não está comprando gato por lebre – eu já vi embalagem dizendo que o ovo era orgânico mas não encontrei nela nenhum selo que atestasse isso e, na dúvida, acabei não comprando. Também já vi ovos vendidos em feiras que se dizem caipiras, mas… quem vai saber que tipo de alimentação aquelas galinhas receberam? Afinal, para ser considerado caipira, a alimentação das aves tem que ser apenas de origem vegetal.
Como eu disse, sem um certificado (e uma boa fiscalização nas produções) fica difícil saber o que se está comprando.

Para saber um pouco mais…

Ovos de granja, caipira ou orgânicos? Aprenda a conhecer a diferença na hora de comprar
01/04/2010 — Bruna Rosalem

“Caipira”, “granja”, “orgânico”: as embalagens dos ovos trazem informações valiosas que dizem respeito à forma como são criados os animais que deram origem a eles. No entanto, a linguagem utilizada nem sempre é clara e muitas vezes pode confundir o consumidor. A ARCA Brasil, em sua Campanha Pelo Fim do Confinamento Intensivo Animal em parceria com a Humane Society Internacional , já falou sobre a diferença entre as galinhas poedeiras criadas em sistema de gaiolas em bateria e aquelas criadas com mais liberdade . Veja, agora, como distinguir a procedência dos ovos quando for fazer compras.

A cor da casca do ovo dá apenas informações sobre raça da ave que deu origem a ele, e não sobre a forma como ela foi criada. Por isso, as denominações “Ovos brancos” e “Ovos vermelhos” diz respeito apenas à cor externa, assim como as denominações “Jumbo”, “Extra”, “Grande”, “Médio”, “Pequeno” e “Industrial” apenas permitem saber o peso aproximado do ovo. Já no que diz respeito ao método de produção, existem três tipos de ovos, segundo definição do Ministério da Agricultura:

“Ovos de granja”
Pode não parecer, mas os ovos rotulados dessa forma são aqueles produzidos de forma convencional, normalmente em sistemas fechados onde as galinhas são confinadas em “gaiolas em bateria”, que não lhes permitem sequer esticar as asas. As aves que põem os “ovos de granja” também têm seus bicos cortados com uma lâmina quente e podem ser submetidas à muda forçada . Sua alimentação é exclusivamente à base de ração, por vezes reforçada com aditivos que garantam a máxima produtividade de ovos.

Entre os ovos produzidos em sistema convencional há ainda os “Ovos Enriquecidos” ou “Vitaminados”, ou ainda “Ovos Pufa” – estes são normalmente enriquecidos com Ômega 3 e/ou vitamina E que foram adicionados à ração das aves. Já os “Ovos Light” prometem menos colesterol do que os normais. Contudo, nada disso diz respeito ao sistema de criação ou ao bem-estar animal. De toda forma, a validade deste enriquecimento dos ovos é questionada por nutricionistas, já que seria necessário comer uma quantidade de ovos além do adequado para obter quantidades relevantes de ômega 3 e vitamina E. Quanto aos ovos menos calóricos, as aves responsáveis por sua produção teriam de passar por dietas especiais que tornariam irregular a quantidade dos nutrientes presente neles.

Na União Européia, estes ovos não deverão ser produzidos nem vendidos a partir de 2012, segundo uma diretiva que proibirá o confinamento intensivo em gaiolas em bateria.

“Ovos Caipira”, “Ovos Tipo Caipira” ou “Ovos Estilo Caipira”
De acordo com a legislação, estes ovos devem ser produzidos por galinhas criadas em sistemas extensivos (sem gaiolas), que podem ciscar e “pastar” pelo terreiro, com ninhos em locais cobertos para a postura dos ovos. A alimentação é feita de ingredientes exclusivamente de origem vegetal, sendo proibido o uso de remédios para o crescimento, antibióticos e pigmentos na ração. Também podem ser rotulados como “Ovos de Capoeira”, “Ovos Colonial” ou “Ovos Tipo Colonial”. Existem ainda os “Ovos Caipira Label Rouge” – produzidos a partir de uma linhagem de galinhas caipira importada da França, a Label Rouge. Infelizmente, este tipo de produção nem sempre é certificada por um órgão terceirizado.

“Ovos Orgânicos”
As principais características do ovo orgânico são a alimentação orgânica das aves (todos os seus alimentos são produzidos sem o uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos) e o respeito ao comportamento natural e bem-estar da ave (são proibidos procedimentos como a debicagem e o confinamento em gaiolas). Também é vedado o uso de promotores de crescimento e antibióticos na ração. Para aprovação do selo orgânico, o produtor deve apresentar certificado emitido por uma entidade certificadora terceirizada que segue parâmetros ditados pelo Ministério da Agricultura.

Estudos organizados pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP em 1991 demonstraram que os ovos de aves criadas soltas possuem cerca de quatro vezes mais vitamina “A” (essencial para regeneração da pele e das mucosas) que os de granja. A mesma pesquisa constatou que, como as galinhas não recebem rações comerciais, os ovos não contêm resíduos de antibióticos e de outros produtos químicos.

Certificação Humanitária no Brasil
Simultaneamente à Campanha pelo Fim do Confinamento Intensivo Animal, a Ecocert lançou no Brasil o mundialmente respeitado selo Certified Humane, que pode ser conferido aos criadores que respeitam diversos critérios de bem-estar. No país, onde o selo é recente, já há dois grandes produtores habilitados: o Grupo JD e a Korin Agropecuária. O primeiro teve reconhecida sua produção de bois e suínos para corte; o segundo, a de frango para corte. Se você não está preparado para adotar uma dieta vegetariana, consuma um produto mais responsável. Fique atento para esse logotipo!

Propaganda enganosa é crime
Se você encontrar embalagens de “ovos de granja” (criados em gaiolas) com fotos de aves ciscando ao ar livre – sugerindo que os animais não foram confinados – ou com palavras que confundam o consumidor quanto à origem do alimento, denuncie! A regulamentação brasileira proíbe nos rótulos qualquer indicação, por escrito ou ilustração, que passe falsa impressão e que forneça uma idéia errônea da origem e qualidade do produto.

Todo rótulo deve ser aprovado e registrado no DIPOA (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal) e trazer impressa a declaração do registro e número. No caso dos ovos, as embalagens devem apresentar ainda o carimbo da Inspeção Federal.

Fonte: material da Humane Society of United States.
Fonte: TV Ecológica

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E você? Sabe mais alguma coisa sobre esse assunto? E que tipo de ovo sua família está consumindo?

ideias, dicas e truques

Removendo rótulos

Para remover rótulos de vidros, para mim esse é o jeito mais fácil – retirando a cola que fica neles com o auxílio de um óleo, do tipo WD-40, que talvez seja o mais conhecido (aquele que você usa para tirar os rangidos das portas, sabe?). É só borrifar, limpar com uma esponjinha (que não seja a de louça, please) e depois lavar a peça com detergente e finalizar com água fervendo, para eliminar bem qualquer resíduo do óleo.

Muito mais fácil do que ficar travando lutas com aqueles rótulos sebosos, não?

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E, irmã… tá vendo essa garrafinha finíssima onde antes havia um excelente azeite italiano orgânico? É para a sua coleção, viu? Te entrego daqui um mês quando estivermos juntinhas, tá? =)

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques vai rolar a festa

Recebendo pessoas especiais

Sabe quem vem para o jantar? A Si, minha grande amiga e uma das fundadoras dessa cozinha, lááááá nos primórdios de 2005, quando ela ainda morava em Belo Horizonte.
A vida a levou para longe – Itália, depois Espanha e agora ela mora na Rússia (ou é Polônia?), mas hoje ela vai matar a saudade da minha comidinha, como num jantar que fiz pra ela anos atrás, quando o pequeno Gabriel ainda morava na barriga da mamãe :)

Hoje é um dia feliz para mim e pretendo caprichar na comidinha brazuca para os fofinhos – cardápio caseiro, simples e honesto… acho que não tem como errar, né? A gente vive insistindo nessa tecla por aqui: o luxo está na simplicidade, minha gente! Nada de menu mirabolante, que deixa qualquer cozinheira de cabelo em pé – nãnaninanão! Do meu fogão sairão delícias feitas com muito mais do que tempero brasileiro – tem amor transbordando na minha cozinha hoje, e isso já faz qualquer cardápio ficar delicioso.

Agora, me diz? Tem coisa mais gostosa do que planejar uma noite na companhia de gente querida? Tem não. Melhor ainda quando se recebe gente “de casa” – aquele povo que fica conversando na cozinha, sem cerimônia, manja? Adoro.

Muita gente me escreve perguntando como faz pra receber sem neura; sem ficar colada na cozinha, preocupada com o ponto da massa, com a temperatura da bebida. Bem, para esse tipo de dúvida eu sempre tenho uma resposta pronta: diversão! Quando você recebe alguém em sua casa precisa, antes de tudo, se divertir. De que adiantaria um jantar impecável se você não o desfrutar junto com seus convidados e se, depois que as pessoas vão embora, você está tão morta que nem consegue tomar aquele último drink, relaxando e lembrando como a noite foi boa?

Cansaço sempre haverá, claro, afinal quem recebe sempre tem um trabalho, por mais infra estrutura que tenha em casa. Mas, ao final da sua reunião, esse cansaço deve ser bom e até … feliz, eu diria. Se você estiver, como disse, acabada demais, é sinal de que se preocupou demais, correu demais, cansou demais. Se for assim, não deixe de repensar alguns pontos na próxima vez que convidar alguém para sua casa…

:: um cardápio descomplicado (pelamor! nada de fazer aquela receita pela primeira vez justo nesse dia, ok?);
:: um bom esquema para deixar bastante coisa pré-preparada;
:: um certo planejamento uns dias antes, que inclui:

– a compra dos ingredientes (compre tudo que puder com antecedência – deixar um ingrediente faltando vai te dar só dor de cabeça na hora “h”, então só faça isso se for um ítem que precisa ser comprado fresco mesmo, como o caso dos pãezinhos de hoje);
– a escolha da toalha ou jogo americano (tá guardada há muito? precisa lavar?);
– definir o tipo de serviço ajuda muito (as pessoas vão sentar à mesa? ou vai ser um serviço tipo americano? neste caso, já sabe onde elas vão apoiar os pratos, copos e etc?)
– a checagem da louça que você vai utilizar, se não for a mesma do dia-a-dia (tá guardada? precisa lavar?);
– o “tapa” na faxina e um bom esquema com sua ajudante (precisa liberar a circulação, rearranjar a mesa, pensar no espaço para o filho da amiga brincar enquanto vocês jantam?);
– a bebida e os copos já definidos (precisa gelar antes? tem espaço na geladeira? precisa comprar gelo?);
– décor definido ou, pelo menos, já meio que arranjado (velas, vasos, arranjo de flor?)…

Enfim, tudo isso ajuda bastante e te deixa mais tranquila para que no dia você possa fazer o que sugere esse post: se divertir ;)

Bom… minha carne está marinando desde ontem, a sobremesa engatilhada (coisa fofinha e simplérrima que eu aprendi dia desses) e daqui a pouco eu vou alí buscar as flores. Vai ficar faltando o pãozinho, mas esse eu busco fresco na padaria no final do dia =)

Si, te espero! ;)

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

vai rolar a festa

Meu jantar nas alturas (em terra firme)

Quando fui convidada pela Brastemp/LiveAd para o Dinner in the Sky, ganhei também uma deliciosa missão: criar um cardápio para o evento. Para essa “árdua” tarefa, além de mim foram convocados outros nove blogueiros, e cada um deveria criar o seu cardápio composto de entrada, prato principal e sobremesa, levando em conta a coerência entre os pratos, a criatividade, a personalidade, a viabilidade (é um um jantar servido em uma plataforma suspensa a 50 metros do chão, não esqueçam) e a apresentação dos pratos. Como prêmio, o cardápio escolhido será adaptado pelo chef e servido no evento e, tcharammmm! o vencedor ganha ainda o direito de participar mais uma vez do Dinner in the Sky, só que dessa vez na companhia de seus amigos!!!! Não é lindo isso?

(pausa para o momento carinha feliz da leitora)

Agora, a boa notícia? Se meu cardápio for escolhido, uma leitora do Rainhas do Lar vai subir e jantar comigo nas alturas, e ainda vai poder levar um acompanhante!!! Eeeeba! Portanto, dedinhos cruzados, ahn!? =)

***

Missão dada, dever cumprido!

Criei o cardápio levando em conta os critérios do concurso e também meu gosto pessoal, coisa muito importante quando você vai oferecer um jantar, afinal, se você não acredita no prato que está cozinhando, quem há de acreditar?

Sendo assim, minha escolha recaiu sobre pratos leves e até delicados, que aliás é uma característica que me acompanha em tudo que faço… sim, eu sou uma pessoa que curte a delicadeza, vocês sabem :) Um frufruzinho é importante! Um crepe fino e com sabor delicado servido em forma de trouxinha, uma saladinha com folhas tenras e suaves, um pesto aromático e sutil em uma carne mais acentuada, um copinho feito com chocolate suiço para receber a ganache cremosa (comer o copinho foi uma das diversões da noite)… enfim, como dizemos sempre por aqui, o luxo está na simplicidade e nos detalhes, e no meu jantar não poderia ser diferente, né?

Para criar uma harmonia, todos os pratos receberam um toque de fruta; para viabilizar, todos os ingredientes são simples (nada daqueles pratos que levam um ingrediente que só se encontra nas tundras geladas da Sibéria ou nas montanhas rochosas da Ásia ocidental), afinal deveria ser um cardápio que pudesse ser reproduzido facilmente; para dar um toque original e acompanhar a carne, optei por um ingrediente ainda pouco comum nas mesas brasileiras (infelizmente): a quinoa, um grão nobre, saboroso, super nutritivo e que aceita mil variações de uso.

Então… vem comigo que eu vou te mostrar passo a passo como foi lindo o jantar que fiz para apresentação do meu cardápio. Uma noite linda, com boa comida, excelentes vinhos (harmonizados por meus amigos sommeliers, especialmente para a ocasião… desculpa tá? rs) e na companhia de amigos queridos – nas alturas ou em terra firme, melhor programa não há, não é mesmo?

Pra começar…


Eu sou uma pessoa que curte a preparação, o pré-festa, sabe? Gosto da parte da criação do menu, da compra dos ingredientes, da escolha da decoração da mesa e até do set list das músicas que farão trilha para a ocasião (música é muito importante, minha gente!) então, sempre dou uma atenção caprichada nessa fase (tem quem diga até que eu curto mais o “antes” do que o “durante”, mas isso é intriga da oposição…rá!).

Escolhi gérberas, que foram para a mesa em uma jarra de água; um jogo americano de arabescos; velinhas sobre taças invertidas; guardanapos delicados; uma luz quente a aconchegante; um show animado para abrir os trabalhos e amigos queridos compartilhando a noite e fazendo o papel que eles mais gostam: o de cobaias, claro :)

Nem só de bons pratos se faz um bom jantar!

Um jantar perfeito precisa ter a bebida perfeita, não esqueça. Ninguém aí vai ser doido de comprometer todo o trabalho na cozinha servindo aos convivas uma bebidinha xexelenta, vai? Uma boa comida pede, implora por um bom vinho, e assim foi.

Eu sempre digo que o importante na vida é ter amigos especialistas e, já que eu er… gosto de … bem, como eu sou uma…er… “pessoa etílica”, tratei logo de ter dois amigos sommeliers super competentes (e eu sou boba?). As harmonizações da noite ficaram a cargo deles e, só digo uma coisa: eles arrasaram!

Os vinhos da noite…
Entrada: Amadores Chardonnay 2009, Argentina
Prato principal: Mundvs, Cabernet Sauvignon 2005, Chile (medalha de ouro do concurso Vinalies Cata’Or América Latina)
Sobremesa: Hache, Late Harvest 2007, Chile

Agora sim, a comida!


Comecei servindo uma crepe de bacalhau com alho poró acompanhada de saladinha de baby leaf e pupunha e vinagrete de maracujá.

Para preparar a crepe, você pode utilizar uma boa e infalível receita de massa de panqueca. Uma boa dica é deixar a massa descansar uns minutinhos antes de começar a fazer as crepes.

Para o recheio, demolhei o bacalhau e o aferventei no leite aromatizado com louro, cravos e cebola. O resto foi ainda mais simples: azeite na panela com cebola e alho poró picados até que acebola murchasse, depois é só juntar o bacalhau, acertar o tempero (sal e pimenta branca), acrescentar um tomilho fresquinho e finalizar com um pouquinho de creme de leite fresco, para garantir ainda mais leveza ao recheio.

Na saladinha (assim mesmo, no diminutivo, pra ficar ainda mais fofa) usei folhas baby de agrião, alface e frisée e juntei pupunha desfiado. Para temperar, uma vinagrete de maracujá feita com a fruta, azeite, limão, mel e uma pitada de sal. O maracujá fez um casamento perfeito com a salada delicada e também favoreceu bastante o bacalhau – foi, de fato, um casamento super feliz :)

No prato principal a estrela poderia ter sido o mignon de cordeiro, que estava macio e super aromático com o pesto de hortelã, mas… a quinoa brilhou muito e simplesmente roubou a cena.

Para preparar a quinoa (eu usei orgânica) basta seguir as instruções da embalagem. Eu preferi cozinhá-la já em caldo de legumes com uma folha de louro. Uma vez cozida e al dente ela recebeu um tempero feito com alho poró, pimentão vermelho e maçã salteados em azeite. No final, acerta-se o sal e a pimenta do reino moída na hora e junta-se amêndoas em lâminas torradas.

O mignon de cordeiro foi temperado com sal e pimenta, selado na grelha quente, onde recebeu ainda um pesto de hortelã (usei azeite, limão siciliano, sal e hortelã, feitos no pilão, com o mesmo princípio de todos os pestos que já ensinamos aqui) e servido na “caminha” de quinoa.

Se estava bom? Só digo que rolou muito repeteco (nada deixa uma cozinheira mais feliz do que o povo pedir para repetir, sabia?) e teve gente fazendo até marmitinha de quinoa pra levar pra casa. É… a noite estava mesmo indo super bem =)

Se a noite já estava ótima até o prato principal, depois da sobremesa ficou ainda melhor. Junte um chocolate belga (80%) e uma fruta e você fará seus comensais te amarem pra sempre, acredite. E foi com essa ideia (a de juntar os dois ingredientes, não de fazer meus convidados me amarem pra sempre…hohoho) que eu planejei a minha sobremesa.

Comecei fazendo a mini pera ao vinho, do mesmo jeitinho que já ensinei aqui (pera descascada e sem o miolo, cozida no cabernet sauvignon, açucar mascavo, fava de baunilha, canela e licor de cassis). Para apresentar a pera no prato, achei que cabia fazer para ela uma “caminha”, daí resolvi fazer a compota de berries – amoras, blueberries e framboesas, cozidas com açucar, baunilha e licor de cassis.

Para completar, preparei uma cremosa ganache de chocolate amargo, creme de leite e licor de cacau. Também achei que uma ganache tão gostosa merecia ser servida com categoria, e por isso providenciei os tais copinhos de chocolate, que fizeram o maior sucesso da noite. Ok, fazer o copinho dá um certo trabalho, mas a apresentação fica tão charmosa que vale a pena, pode acreditar. Para fazê-los, há que ser um tantinho jeitosa… usar um molde de plástico, cobrir com o chocolate derretido e temperado e, depois de firme, desenformar e usar como quiser. Claro que os meus copinhos não ficaram perfeitinhos, lisinhos e, sinceramente, nem era essa a intenção mesmo… todo mundo sabe que a confeitaria não é meu forte, néam? O lance é mesmo a gracinha, a carinha de surpresa dos convidados quando descobrem que o potinho também é pra comer… os detalhes, lembra? ;)

Bom, depois é so montar o prato – perinha sobre a compota, ganache no copinho coberta com xerem de castanha de caju e uma folhinha de hortelã para colorir tudo e dar o toque final – e esperar os elogios :)

Para fechar a noite, papo gostoso e muitas risadas regado a café fresquinho de coador – para mim, não há jeito melhor de terminar uma noite deliciosa ;)

***

Pronto! Dever cumprido, louça na máquina de lavar, um cansacinho gostoso de quem faz o que gosta, convidados bem alimentados, uma anfitriã feliz e um gostinho de quero mais.

Dedos cruzados nessa hora, minha gente, porque o páreo… ah, o páreo está duríssimo, viu?!

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques vai rolar a festa

Yes, nós temos finger food*!

(geral da mesa | queijos com molho de mostarda e mel e de alcaparras | salsicha branca com picles e mostarda escura | um canapé com um peixinho da Letônia (Dani, me ajuda nessa hora, pls!), cream cheese e dill | mousse de sardinha e patê de gorgonzola | mini chilli | dadinhos de tapioca com geleia de pimenta | rolinhos de salmão defumado, cream cheese caseiro (!), nozes e gergelim | uva verde com gorgonzola | salame com tomate sweet | tâmara com presunto cru | canapé doce de sembei com nutella e morango | mini cupcake de chocolate com doce de leite)

E tínhamos ainda uma noite linda, fresca e com uma lua bonita como eu nunca vi; muitas e muitas Heinekens geladas; a cozinha da Dani à nossa disposição; música boa rolando (Wlad, não esquece meu DVD, han? =); muita empolgação; as melhores histórias (inclusive de comida) e ótimas companhias. O que mais a gente precisa pra ter uma noite super feliz? ;)

Nas fotos, um monte de inspiração para quem quiser produzir uma noite de finger food também. Tudo pequenininho, sem sujar prato, talher e panelas. Providencie palitinhos (que você até pode enfeitar com miçangas como eu fiz aqui), guardanapos, use a imaginação e faça petisquinhos mil – a diversão estará garantida, você vai ver :)

E o calendário da Confraria está agitadíssimo! Temos novos agregados e o plano do Malavi cada dia fica mais h.i.l.á.r.i.o.

***

* finger food é aquela comidinha para comer com a mão, em porções pequeninas e quase sempre foférrimas.

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

delírios e outros bichos vai rolar a festa

Jantar a muitas mãos

(fotos: Cine Bistrot)

Uma confraria de pessoas que curtem cozinhar, reunidas em noites temáticas. Essa é a proposta de um grupo que tem em comum o interesse pelo fogão e um certo espírito desbravador. Dessa vez, a proposta era japa (ou quase) e, assim, oito pessoas se revezaram no comando das panelas, fogão, pia, balcão e todo espacinho que tinha na minha cozinha. Cada um inventando um prato, fazendo do seu jeito, compartilhando experiências, truques… tudo regado a caipirinhas de sakê (muitas) e cerveja gelada.

Da minha cozinha saíram: entradinha de tofu com gengibre, ovas e cebolinha; iscas de mignon à moda oriental; gohan, atum selado em crosta de gergelim; giozas; hot rolls incríveis com molho tarê; cogumelos no papilote e um ceviche de salmão com mel e maracujá (sim, porque a gente mistura culinária japa com andina numa bôua…rá!).

Agora, o próximo desafio: comida do Malavi. Quem viver, verá =)

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

comendo (e bebendo) fora

Jantando nas alturas

(a plataforma ainda no lounge | subindo! | vista de baixo | já no alto | o chef em ação | eu, toda trabalhada no blondie e na espumante | a entrada fria | a entrada quente | pantufa sob a Marginal Pinheiros | prato principal | espumante, espumante, espumante forever! | a cidade que eu amo tanto, vista lá de cima | a sobremesa)

A convite da Brastemp e da agência LiveAd, ontem fui viver a experiência do Dinner in the Sky. A ideia toda nasceu na Bélgica (esse belgas são bem loucos, hein?) e trata-se de um jantar no céu realizado em uma plataforma suspensa por um guindaste a 50 metros de altura com capacidade para 22 pessoas. A doideira já foi realizada em mais de 30 países e cidades como Paris, Dubai, Londres e Las Vegas e agora chegou a São Paulo, instalada num container-lounge no Jockey Club.

A parada toda apesar de soar estranha (oi? comer penduradinha?) é super segura e, sério mesmo, é uma coisa d.e.l.i.c.i.o.s.a, uma sensação muito, muito boa. A noite por aqui também ajudou … lua leenda, enorrme, noite fresca e uma visão de São Paulo que é bastante diferente de, sei lá, subir no terraço de um edifício por exemplo. No Dinner in the Sky, você vai sentadinho, mas os pés vão livres, leves e soltos e, no meu caso, mais soltos ainda, já que eu pedi e o organizadores logo me arranjaram uma confortável pantufa, pra eu não ter que subir de salto e talecousa (vai, pode dar na minha cara que eu sou mesmo insuportáááável….hohoho).

No comando do jantar estava o chef Fred Frank que, como se já não bastasse mandar super bem no cardápio, ainda foi uma simpatia e deixou nosso jantar ainda mais inesquecível. Da cozinha suspensa do chef saíram … bouquet de salmão defumado com folhas verdes, creme azedo com dill, ovas e vinagrete de balsâmico e grissini folhado; purê de couve-flor com maçã verde e camarão regado com azeite de presunto cru; jus de vitela (que eu não como, mas que disseram que estava fantástico) com mil folhas de mandioquinha (delicioso) e perfume de trufas e, para fechar tudo com chave de ouro, o melhor prato da noite, na minha modesta opinião: brownie com calda de frutas vermelhas, creme batido e violeta. E tudo regado a espumante (Chandon) geladíssimo, sonzinho lounge (que o DJ também mandou muuuito bem) e as companhias mais bacanas para viver um momento desses… Fala, é ou não é loosho? ;)

O evento fica por aqui até 30 de abril e você de Sampa que ficou afins também pode se jogar na aventura (bem, se jogar a 50 metros de altura… é melhor não né?). Visite o site para saber detalhes.

***

Ah! E, a pedido da Brastemp, os participantes ainda foram convidados a criar também o seu jantar (com uma entrada, um prato principal e uma sobremesa), que pode ser escolhido pelos chefs e virar cardápio do evento por alguns dias. Wow!!!! Eu já estou botando meus miolinhos pra trabalhar e logo posto aqui as minhas criações.

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Samir, obrigada pelo convite e pela noite linda e inesquecível que você me proporciou. Arrasou! :)

Cobra, gracias pela memória na descrição dos pratos =)

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

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