Ser tarado por kibe cru é normal? Espero que seja porque meu marido é. E não, ele não tenhuma descendência árabe, libanesa nem nada parecido. Ele simplesmente ama kibe cru.
Fazer o prato também não requer prática nem tampouco habilidade, mas existe um “senão”. Esse prato não é nada, absolutamente nada sem uma carne de primeira, não, de primeira não, de primeiríssima qualidade. E isso quer dizer que além de um corte muito bom (pode ser coxão mole, patinho), ele precisa ser muito bem limpo, com toda e qualquer gordura retirada e – o principal – ser moído umas três vezes. Ou seja, só rola fazer kibe cru se você tiver um lugar bom, limpo e confiável para comprar essa carne, do contrário, esqueça.
Além da carne, você vai precisar de trigo para kibe, que deve ter ficado de molho por uma ou duas horinhas e depois ser bem escorrido e espremido em pano limpo. A quantidade de trigo é sempre a metade da de carne – eu usei 500gr de carne moída e 250gr de trigo e daria para comer umas 3 ou 4 pessoas civilizadas (cof, cof, cof).
Depois de fazer o processo de espremer o trigo é só juntá-lo com a carne, botar um pouco de sal e levar tudo ao processador, até que estejam muito bem misturados. E só.
Para servir é preciso picar uma cebola (ou deixá-la em fatias, como preferir) e cebolinha, arranjar uns limões fatiados, um bom ramo de hortelã, providenciar um azeite excelente e tá feito.
Eu, como sou metidinha por natureza, fiz os meus já famosos Breguetinhos… aqueles com pão sírio que eu já ensinei aqui. Dessa vez porém, usei pão sírio integral que – anote aí – é uma delícia! Também caprichei nas ervas e ainda salpiquei pimenta calabresa antes de levar ao forno. Ficou tão bom que eu comeria mais uma assadeira dessa :)
(… gulosinha…)
* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar
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