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Prático X Gostoso

(parecia que ia dar tudo tão certo…)

Eu sou uma pessoa desconfiada, daquelas que faz “nhé” para certas invencionices e torce o nariz para produtos que vendem promessas tão boas quanto improváveis – “fácil, rápido, saboroso e barato”, tudo no mesmo produto. Fala, é ou não é pra desconfiar? Daí que eu raramente sucumbo (bonito isso, né?) a esses chamados e passo longe da batata pré-cozida, do molho branco de latinha (bleargh!), do feijão “prontinho e delicioso” da caixinha… enfim, alguns diriam até que eu sou… er… chatinha, mas eu prefiro… exigente :)

Pois é… raramente… mas, como raramente não é sempre, como tempo é algo que eu já não possuo mais, e como ninguém pode viver só de Cup Noodles (abafa!) e sanduba de queijo e atum, resolvi que era chegada a hora de abrir uma exceção e dar uma chance para algo novo – desde que fosse rápido, muito rápido. Foi então que, no corredor do supermercado, decidi me jogar na massa de panqueca pronta Massa Leve, peguei um pedaço de queijo, uma bandeja de presunto e decidi que teria panquecas ligeiras para o jantar. Parecia tudo muito promissor.

Cortei o queijo e um tomate em cubinhos e temperei com sal, pimenta, orégano e manjericão. Abri o pacote de massa e achei a textura meio estranha e o gosto bem meia-boca. Relevei (tempo Fabiana, tempo). Peguei uma massa, botei uma fatia de presunto por cima e depois o recheio temperadinho. Tentei fechar a panqueca como sempre faço, como pacotinhos – não rolou, a massa quebrava. Depois de perder umas três massinhas, dimimui muito a quantidade de recheio e consegui enrolar (meio que na gambiarra) – beleza. Cobri um refratário com molho de tomate, dispus lá as panquecas meio tortas, cobri com mais molho, queijo e levei ao forno.

Resumo da ópera… A massa da panqueca amoleceu, sumiu, virou uma pasta. Como elas não ficaram muito bem enroladas, o queijo de dentro também sumiu e, ao servir, eu tinha um prato disforme, meio panqueca, meio lasanha, meio qualquer coisa parecida com coisa alguma. O gosto também foi para o saco – a massa, que já era insossa, ficou ainda pior depois que virou aquela… massaroca, e apenas o molho de tomate e o manjericão salvaram o que restou da promessa de panquecas.

Daí eu pergunto para você, leitorzinho amigo, de que adianta um produto que supostamente facilitaria a minha vida se ele não me dá o principal? Sim, porque eu entendo que praticidade implica em uma perda da qualidade – eu não sou tão bobinha a ponto de querer tudo… mas, adianta ganhar tempo e perder o sabor, a textura?

Pois é… é por essas e outras que o Cup Noodles é meu amigo e nunca me faltará. Pelo menos, ele não me promete nada.

***

Em tempo: Eu acho lindo quem consegue ser feliz com a modernidade, viu? Um dia eu chego lá. Ou não =)

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques peixes e frutos do mar Receitas

Itadakimasu!

Para cortar o salmão e fazer o sashimi você precisa de uma certa técnica e uma faca especial/afiada/apropriada, certo? Certo. Mas…também funciona se você tiver um peixeiro gente boa que saiba muito bem das coisas :)
Daí você só rala gengibre, separa um pouco de raiz forte, corta um pepino (japonês of course) no descascador de legumes para fazer um sunomono* jogo rápido, ajeita seu rico sashimi já cortadinho e todo o resto num prato bonitão, sorri se achando A shushiwoman e fica feliz demais da conta de terminar assim uma terça-feira boring.

***

Sunomono é um pepino adocicado servido com vários pratos japoneses, uma espécie de acompanhamento. Tem um jeito correto, e consequentemente um pouco mais complicado, de fazer o sunomono tradicional, que leva alga, kani kama e mais alguns ingredientes mas o meu é, como eu já disse, jogo rápido.
Corto o pepino com o descascador de legumes em lâminas muito muito finas, boto numa travessa, salgo, espero uns minutinhos, junto vinagre de arroz, açucar e gergelim torrado.
Vai muito bem com vários pratos, inclusive de outras culinárias que não a japonesa.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques reaproveitamento Receitas

Desperdiçar jamais!

Na sua casa as pontinhas do pão de forma também são renegadas? Aqui em casa eu dou outro fim para as pobrezinhas – corto tudo em quadradinhos pequenos e levo para a frigideira (pode ser no forno também) com bastante azeite, ervas (pode ser manjericão, orégano, alecrim, tomilho), sal e um pouco de pimenta do reino até que elas fiquem douradinhas e crocantes.

de festa ideias, dicas e truques Receitas

Festas ou Aqui já é Natal!

Eu fico três dias sem aparecer por aqui e as novidades se acumulam. Muita coisa pra contar, pra postar, muitas receitas inventadas (vocês nem imaginam!) e executadas, ceias para muitas, muitas pessoas queridas e presentes – de amigos secretos, de rainhas de perto e de longe (isso vai ter post específico), muita correira, muito cansaço mas, sobretudo, muita, muita energia boa, daquelas de que esse período tem que ser feito mesmo. Corações e espíritos voltados para o que importa nessa vida – estar entre aqueles que você ama, fazer boas coisas (para você e principalmente para os outros) e encher o pensamento de bons desejos, de alegrias simples e ao mesmo tempo enormes como por exemplo descobrir novos amigos através de um blog :)
Eu estou carregada de espírito natalino! Sou praticamente a personificação de uma mamãe noel – rechonchuda e feliz :) O lado ruim? Isso me afasta um pouco daqui mas … não se pode ter tudo não é mesmo?

Na primeira ceia desse ano não deu pra fotografar quase nada. Na hora da organização a máquina acaba esquecida, mas tudo ficou perfeito e delicioso, como o tender com o chutney de abacaxi (receita no post logo alí abaixo)…

A decoração também agradou e é a prova definitiva de que você não precisa gastar rios de dinheiro para produzir uma ceia linda …

O cardápio…

para petiscar antes da ceia…
. canudos recheados com carne seca e requeijão e palmito.

na hora do vamovê
. salada de penne tricolor com frango defumado, maçã e nozes
. salada de folhas e tomate seco com molho de ervas frescas
. pernil da Faby(receita exclusivérrima) com batatas douradas
. tender com chutney de abacaxi
. lombo com calda de laranja
. lombo recheado com tâmaras e damascos
. peru com cebolas glacadas no mel
. ave fiesta com purê de maçã
. farofa da tia Vera (receita aqui no Rainhas)
. arroz com champagne, amêndoas e passas

sobremesas…
. mousse de chocolate
. merengue de morango
. frutas
. melancia manguaçada (receita no Rainhas) alimentada durante dias pela dedicada Érica
. ambrosia (também cria da Érica)

***

Agora eu vou alí fotografar meus presentes e logo volto :)

delírios e outros bichos

PF Caseiro

A minha comadre já postou o PF dela, então agora aqui está o meu – arroz, feijão, bife e batata frita. Cortesia de uma pessoa em férias e que só pensa em comer, comer e comer.

O bife acabou sendo old fashioned e foi feito como na minha infância – frito na manteiga. Ah! E ele era acebolado mas na hora da foto … a cebola ficou lá na frigideira.

***

E o saldo calórico das férias só sobe.
Who cares? ;-)

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques vai rolar a festa

Simples e prático

Gente de casa também merece mesa fofinha, claro, mas nem sempre a gente tem tempo e $$$ para super produções, certo? Ok, só que isso também não precisa ser desculpa para uma mesa mal ajambrada! Olha só…

1. Invista em água aromatizada – é gostoso, fresco, barato e agrada todo mundo
Numa jarra coloque rodelas de laranja ou limão (com casca), folhinhas de hortelã (ou alecrim) e até umas gotinhas de água de rosas ou flor de laranjeira, preencha com a água gelada (ou não) e sirva. Eu gosto de preparar a água só na hora que os convidados chegam, pois tenho uma ligeira impressão de que tanto a laranja quanto o limão, amargam depois de um certo tempo.

2. Tudo vira vaso
Já dissemos isso aqui infinitas vezes, né? Eu não tenho um vaso sequer em casa (o último eu fiz o favor de quebrar) e nunca passei aperto. Aqui, foi a caneca de sopa xadrez que abrigou o vasinho de margaridas.

3. Sobreponha toalhas
Se você cansou daquela toalha branca, use-a em conjunto com alguma outra estampada por cima. Eu usei por cima da branca, uma toalhinha pequena da mesa da churrasqueira – deu a cor que e o efeito que eu precisava.

4. Não se prenda muito a padrões
Tá, nem tudo combina, eu sei, mas às vezes a gente se surpreende com misturas que julgávamos improváveis. Faça um teste e veja se te agrada visualmente – quase sempre (eu disse quase!) a gente saca de cara o que combina ou não.

5. Objetos podem e devem ganhar novas funções
Eu até tenho um porta talher bem bonito, mas a mesa estava tão leve que pedia algo mais simples – não tive dúvida e usei um copo grande, com um pouquinho de sal grosso no fundo (só pra fazer uma graça), para receber os talheres.

Muitas vezes o mais simples é o que mais funciona, acredite.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques

Tirando a pele do pimentão

Muita gente tem problemas com pimentão e grande parte delas é por causa da pele, que para algumas pessoas é indigesta. Eu como numa boa, mas para algumas receitas prefiro tirá-la, como na salada de pimentão assado que eu faço (e adoro) ou quando vou utilizá-lo sem muito cozimento.

Tem várias maneiras de pelar o pimentão e uma delas é essa:

1. espete o pimentão em um garfo e leve direto à chama do fogão até que a pele fique preta – vá virando de vez em quando para que todo o pimentão fique com a pele queimada;

2. retire do fogo e rapidamente embrulhe em filme plástico e deixe uns minutinhos – isso faz a pele se desprender ainda mais facilmente;

3. depois, é só abrir o plástico filme e retirar, raspando com uma faca ou com as mãos a pele que se desprenderá rapidinho.

Tem gente que bota direto no forno, há quem use o microondas, o descascador de legumes… não importa a maneira, o que importa é que a pele não é desculpa para você não se jogar no pimentão – que eu particularmente uso muuito na cozinha, inclusive como “tempero”.

***

p.s: alguém aí só me explica, pelamor, porque diabos o quilo do pimentão vermelho está mais de 10 pilas? o que é isso, minha gente?!?! #FAIL

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

entradas e petiscos ideias, dicas e truques Receitas

Barquinhas

Sugestão batuta para receber os amigos são essas barquetas, cuja receita eu herdei da família do meu marido, que tem tradição no preparo do quitute e faz a receita desde que meu marido era criança.
À primeira vista vai parecer uma imitação barata da baked potato, algo assim como a prima pobre, manja? Mas o lance das barquinhas é esse mesmo – ser parecido mas muito diferente e, apesar de parecer meio rústica surpreende pelo contraste do crocante do pão com a cremosidade do recheio.
Além de ser feita com pão francês, o que vai facilitar bastante o preparo, ela leva batata mas em forma de purê e a versatilidade fica por conta as coberturas, que podem ser muitas e as mais variadas.

Para começar a fazer suas barquinhas…

1. Cada pão francês rende 2 barquinhas (uma em cada banda). Então, calcule a quantidade que você fará, parta os pãos, tire o miolo, coloque numa assadeira e leve ao forno para uma leve dourada. Reserve.

2. Pegue uma embalagem (varia conforma a quantidade) de bacon em fatias e leve ao microondas ou pique e leve ao fogo para secar e deixar crocante. Reserve.

3. Faça um purê de batatas. A quantidade vai variar de acordo com a quantidade de barquinhas que você vai preparar – hoje e preparei 5 pães, ou seja, 10 barquinhas e fiz um purê com 3 batatas de pequenas para médias. De diferente, apenas a adição de mostarda em pó à receita normal de purê (com leite, margarina e sal). No final, acrescente queijo prato ralado e incorpore.

4. Agora recheie as bandas dos pães com o purê, cubra com mais queijo prato ralado, salpique o bacon e volte para a assadeira.
Até a parte do purê é igual para todas as barquinhas, mas a cobertura pode variar de acordo com o seu gosto. As que eu fiz hoje foram: queijo prato/bacon – provolone/bacon – cheddar/bacon – 3 queijos – champignon com alcaparras.
(se você quiser algo mais chiquetê pode ir de gruyere, emmenthal, presunto parma, tomate seco…)

5. Leve de volta ao forno quente para derreter os queijos e sirva quente, para comer com a mão mesmo (mas providencie guardanapos né? rs). Fica crocante por fora e com recheio cremoso…yummy!
Se os pães forem pequenos, reforce a quantidade, pois geralmente as bichinhas agradam muito e saem rapidinho feito pão quente (ué, e não são mesmo?).

Dica: Você pode deixar as barquinhas já prontas, arrumadas em assadeiras e colocá-las no forno para o último estágio, apenas na hora de servir. Aqui em casa já fiz 60 barquinhas para uma noitada com os amigos. Deixei todas as assadeiras arrumadas, e fui assando em fornadas, assim todo mundo comia as barquinhas sempre quentinhas.
* com uma cervejinha fica muito bom – e com vinho também. E a turma abstêmia pode ir de refri ou suco… vai saber né? Tem doido pra tudo nesse mundo…hohoho.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques molhos Receitas

Honey mustard

Uma “leitora especial” me pediu uma receita de molho de mostarda e mel (também conhecido como honey mustard) pra acompanhar assados e para usar como molho no fondue de carne. Então lá vai…

Primeiro é preciso dizer que eu nunca na vida fiz um molho sequer seguindo uma receita, com ingredientes em quantidades certinhas, por isso é praticamente impossível que eu passe com 100% certeza a quantidade exata que eu uso.

Também é bom salientar (embora seja óbvio) que todos esses molhos, como toda receita, devem ser feitos de acordo com o paladar de cada um, porque veja bem… eu adoro pimenta e todo mundo aqui está careca de saber que eu mando ver nas ardidinhas em praticamente tudo que sai da minha cozinha. Daí você vai me perguntar: “dá pra colocar pimenta no honey mustard?”. Dá comadre, ô se dá! Eu particularmente sou fã de receitas que mesclam o ardido com o doce, mas efetivamente na receita original não vai pimenta.

Então, no meu Honey Mustard vai: vinagre branco, molho inglês, azeite extra virgem, sal, pimenta branca moída, mostarda tipo Dijon (alguns dizem mostarda francesa) e mel.
Agora, como funciona a quantidade de cada um?
Pois é, não faço idéia…hohoho… mas, para dar alguma luz para vocês, posso dizer que para cada colher de mostarda você pode colocar 1/2 de mel. Claro que isso não é regra e pode variar – há quem goste mais docinho, há quem prefira o mel mais dicreto, enfim. Os outros ingredientes fazem as vezes de tempero e são usados como tal – a gosto.

Para fazer, você pode bater tudo no liquidificador e ir acrescentando o azeite em fio aos poucos. Também pode fazer na mão, usando um batedor para misturar e, do mesmo modo, acrescentando o azeite aos poucos. Se quiser incrementar (eu gosto!) pode botar: mostarda em grãos/gengibre ralado/gergelim/mostarda escura no lugar da Dijon/pimenta do reino/alho amassado/cebola ralada/salsinha/cebolinha e até (e porque não?) nata ou creme de leite para deixar mais suave.

Não importa muito como você faz, mas o fato é que o honey mustard vai muitíssimo bem acompanhando assados (carne de porco em especial), franguinhos empanados, fazendo papel de patê (nesse caso a base pode ser o mesmo creme de leite) e onde mais tua criatividade permitir – ou não :-)

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques vai rolar a festa

Porque nem só de carne vive o churrasco

Existem alguns mitos que dizem que mulher não sabe fazer churrasco, que mulher não sabe pilotar uma churrasqueira e até que mulher não sabe apreciar um bom churrasco. Tudo balela.
Ontem essas e outras teorias machistas cairam por terra em um churrasco feito só por mulheres e só para mulheres.

Não, não se trata de nenhuma reunião feminista com queimas de soutiens e picanhas. Trata-se de mais um encontro da Confraria, que dessa vez se aventurou pelo “masculino” mundo das carnes, linguiças, grelhas e espetos.

Bom… sem querer polemizar, transformar o que está escrito aqui em regra nem tampouco colocar lenha na manjada guerra dos sexos, o fato é que mulher faz churrasco diferente de homem. Ponto.
Se um churrasco for organizado por um homem para, suponhamos, um grupo de amigos do jogo de futebol, muito provavelmente nesse churrasco terá 1) picanha e 2) cerveja e só. Talvez, vá lá, uma farofa pronta ou, sendo mais otimista, uns pãezinhos.

Pois é, e com certeza é aí que mora toda a diferença entre um churrasco feito por homens e um churrasco feito por mulheres. E não se trata de dizer qual deles é melhor ou pior. Eles são…diferentes.

No nosso churrasco tem saladas de folhas (que pode, inclusive, ter muuuuito mais do que só folhas), tem frutas variadas, tem vinagrete, tem maionese, tem saladinhas diferentes, tem conservas, tem shoyu (fala, que homem vai levar shoyu pro churrasco?). E antes que você leitor amado pergunte, sim, no nosso churrasco tem até carne e cerveja também! E além da carne tem linguiça, tem frango e tem queijo coalho. Tudo em espetinhos, claro, porque além de diferentes nós somos muito, muito práticas, e não vamos perder um lindo dia de sol na beira da piscina fatiando picanha né?.

Ah, e tem ainda abacaxi com mel feito na churrasqueira para tomar com sorvete depois, ou mesmo para acompanhar a carne (porque não? eu misturei tudo e achei fantástico).

Além disso tudo, tem uma mesa muito bem posta com arranjos de flor de alho e margaridas, tem música popular brasileira tocando pra gente cantar junto, tem leitura de runas (hohoho…no comment) e tem pinga chinesa. Sim senhor, pinga chinesa…porque eu já disse, nosso churrasco tem um universo enorme muitooo além da picanha meus caros.

O arranjo primoroso, as frutas fresquinhas e a “salada de folhas” que tem amêndoas, castanhas, côco, passas, damascos e até berries (eu falei que além de diferentes somos muito mais finas?). Tudo planejado e executado pelas mãos habilidosas e carinhosas da Toninha que simplesmente a-r-r-a-s-o-u.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques

Cortes de carne

Por que as carnes que se localizam na parte dianteira do boi – cerca de 60% de seu peso total – são tão pouco aproveitadas? Talvez a única razão esteja no fato de serem chamadas “carnes de segunda”.
Essa classificação, no entanto, baseia-se exclusivamente no tamanho e na constituição de suas fibras. Por se localizarem numa parte do corpo do boi que tem grande movimentação, elas são mais rijas, ao contrário do traseiro, que é pouco movimentado e, dessa maneira, tem cortes de carne mais macios. Mas, se de um lado as peças do traseiro são mais macias, de outro, os cortes dianteiros têm maior concentração de sais minerais e muito mais sabor. Honestamente? São, de longe, meus preferidos, embora os brasileiros de um modo geral, consumam mais coxão mole, alcatra e o contrafilé, cortes indicados para bifes – e, olha, bife é uma coisa que eu definitvamente não curto. É bom saber que existem outros cortes tão ou mais interessantes ($$$$) disponíveis e muito pouco procurados, o problema seria então apenas mudar alguns hábitos – o que convenhamos não é naaaada fácil.

O bom aproveitamento da carne depende de alguns fatores:

. Uma boa escolha
A idade do animal é decisiva. Quanto mais velho, mais dura e escura é a carne. O abate deve ocorrer ao redor dos 3 anos, quando a musculatura ainda não se enrijeceu.
Atenção comadres: O vermelho brilhante mais claro para os cortes traseiros e um pouco mais escuro para os dianteiros é indicativo de carne de boa qualidade.
O tipo de corte também interfere: a divi’são das peças deve ser feita pelas membranas de ligação, respeitando-se o formato e a direção das fibras. Por isso eu digo que a gente precisa ter um açougueiro do coração, lembram?

. A peça certa para o uso certo
Não adianta sair comprando qualquer carne para fazer o que der na telha. Carnes diferentes tem modos diferentes de preparo, afim de tirar delas maior aproveitamento e sabor.
Se você quer conservar os sucos internos – como em filés, churrascos, assados e grelhados – escolha carnes do traseiro. Já em cozidos ou ensopados (meus preferidos), ou ainda para fazer um molho bem encorpado (yummy!) as melhores peças são as de fibras menos macias como as do dianteiro ou ainda lagarto e coxão duro. Cortes como acém, o pescoço ou o peito dão excelentes carnes de panela, pois o cozimento “solta” as fibras, deixando a carne muito mais macia. Fora isso, seu bol$o agradece ;-)

Conheça melhor os cortes…

A. Aba de filé – carne mais rija, precisa de cozimento mais longo, própria para ensopados, picadinhos e também para moer.

B. Fraldinha – corte pequeno, de fibras longas e pouco macio. Indicada para caldos, molhos, cozidos e ensopados.

C. Ponta de agulha (o que eu mais uso) – parte constituída de músculos e fibras grossas e compridas, para ensopados, cozidos e sopas.

1. Coxão duro – fibras duras, exige cozimento lento, ideal para carne de panela
2. Patinho – menos macio que a alcatra, usado para bifes à milanesa e para preparações que xigem carne moída crua como o quibe e o steak tartar.
3. Picanha – parte macia, marmorizada com gordura, própria para churrascos
4. Alcatra – mais macia que coxão mole, ideal para bifes
5. Maminha – parte mais macia da alcatra, boa para bifes bem passados, pois tem mais gordura
6. Coxão mole – macio, bom para bifes finos e enrolados. Se vier com o contrapeso, rico em nervos e sebo, corte-o pela membrana que o separa da peça e use-o em sopas.

7. Contrafilé – ideal para bifes, rosbifes e assados. Possui gordura lateral que mantém o sabor e a umidade da carne
8. Lagarto – de cor mais clara e formato alongado e definido. Preparo típico em carne de panela (mais em salada também fica ótemo!)
9. Filé mignon – é o corte mais macio da carne de boi. Embora não seja tão saboroso quanto a alcatra e o contrafilé, é ideal para bifes como medalhões, escalopes e também para rosbife.
10. Filé de costela – por ter fibras mais duras é utilizado principalmente para churrascos ou então para para preparar carne cozida com legumes.

11. Capa de filé – com textura desigual e grande quantidade de nervos, presta-se bem para o preparo de carnes com molhos que precisam de cozimento mais longos, além de ensopados e picadinhos (com batata, na panela de pressão é maravilhoso!).
12. Acém – é o pedaço maior e mais macio do dianteiro do boi. Dá ótimos ensopados, bifes de panela (yummy!), carnes de panela recheadas e preparadas com molho.
13. Braço – Também chamado de pá ou paleta. Contém o peixinho, considerado o lagarto do braço (peixinho na pressão também é dez). Mais musculoso que o acém, é também muito saboroso pela quantidade de gordura interior da peça.

14. Peito – parte do dianteiro do boi constituída de músculos e fibras duras. Pode ser enrolado com temperos e assado na panela com molho.
15. Pescoço – continuação do peito, é um dos corte de carne mais baratos que existem. Por ter formação semelhante à do peito, pode ser usado nos mesmos tipos de preparação.
16. Músculo – muito saboroso, é indicado para preparo de molhos, ensopados e perfeito para sopas.
17. Ossobuco – Possui, no centro, osso com tutano que, submetido a cozimento lento, fornece pratos com molho de muito sabor (gnocchi com ragú de ossobuco é o oitavo pecado capital)

Fonte de pesquisa: suplemento Carnes, da Cozinha Maggi

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

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