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vai rolar a festa

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Comida Thai

Quando eu propus uma noite tailandesa para o encontro da Confraria, sabia que estaria diante de um grande desafio. Primeiro porque não é uma culinária que eu conheço bem e com pratos que eu nunca tinha feito e segundo porque minha idéia principal era que o menu não fosse aquela coisa restaurante-tailandês-no-ocidente, mas sim um resumo do que melhor representasse aquela culinária.
Como desafio é comigo mesma, o primeiro passo foi pesquisar e ler sobre comida thai (usei alguns livros de receitas, revistas de turismo e o bom e velho google) e separar cerca de cinquenta pratos, entre entradas, guarnições, principais e sobremesas. Depois, escolhi entre as receitas aquelas que pudessem ser pré-preparadas para facilitar a finalização na hora do jantar e também aquelas com ingredientes viáveis mas sem perder o toque exótico da coisa. Foi então que cheguei aos oito pratos escolhidos para compor o menu…

Como o propósito não era gastar rios de dinheiro, a decoração também foi pensada para seguir uma linha básica, com algumas referências da cultura thai. As frutas, que tem papel de destaque naquela culinária, faziam parte do cardápio e cumpriam também papel decorativo, trazendo para a mesa um ponto importante – o colorido e a diversidade necessários tanto aos pratos quanto à criação do ambiente. Ao invés de investir muita grana em flores, uma visita a uma casa de produtos para confecção de velas trouxe a solução ideal – folhas coloridas de chá, aromatizadas e secas que são incrivelmente baratas (coisa de 1,00 um pacote grande). Usadas no centro de mesa e combinadas com tealights foram espalhadas em cachepots pela sala e deram o clima necessário.
Quando você imagina uma noite temática, não quer dizer que você tenha que sair comprando milhares de coisas com o motivo escolhido porque nesse caso o máximo que você vai conseguir é deixar tanta informação que acabará confundindo e carregando demais. Basta que você busque elementos ligados ao tema, que podem ser coisas que você inclusive já tem em casa – lenços, vasos, velas. Em vez de sair comprando um monte de objetos com cara asiática, preferi pequenos detalhes muito mais econômicos – os ramos de jasmim em vasos, o detalhe do provérbio tailandês impresso que tinha tudo a ver com o contexto da noite, as flores tradicionais tailandesas pintadas no menu… Aqui eu escolhi dar mais destaque aos pratos, que eram o foco principal da noite, mas se você quiser investir pesado no tema, lembre-se que muitas vezes um pequeno detalhe é que faz a maior diferença. Eu sou uma pessoa que prefere os detalhes…

Para completar o climão, baixei uma coletânea de músicas tailandesas mas… mas… não rolou…rs. Eu penso que a música em uma reunião assim é fundamental, mas ela não pode 1)ter mais destaque do que o necessário; 2) incomodar; 3)cansar e 4)dar dor de cabeça … e as músicas tailandesas…bem, elas são… tailandesas demais, manja? Não que não sejam boas (vai que tem um tailandês lendo isso…rs) mas é que são …er… exóticas, pelo menos para nós, com ouvidos pouco acostumados a esse….er…digamos, exotismo musical. Daí meu marido, bom e perfeito como sempre, gravou uma coletânea em MP3 com o que ele chamou de música-tranquila-para-encontros-de-mulheres-equilibradas, que incluia Enigma, Ennio Morricone, Annie Lennox, 3 Doors Down, 10.000 Maniacs, Tracy Chapman e Madredeus entre outras pérolas, e deu-se aí o fundo musical.

O resto foi muita risada, muita história maluca, novas expressões incorporadas ao vocabulário (né Khrisna?rs) e diversão garantida até às 3 da manhã.

O maior segredo para produzir uma reunião bacana? Reunir gente agradável. Ou, como nós diríamos, chamar a nata. Rá!

***

Ah! Todas as receitas seguem na sequência.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

vai rolar a festa

Recebendo uma amiga querida

É assim que é a minha amiga e rainha Silvia, muito querida. E foi com muita alegria, carinho e uma grande porção de saudade que eu preparei esse jantarzinho para recebê-la. Ela veio da Espanha e para matarmos a saudade e botarmos a fofoca em dia o encontro foi lá em casa,com uma pequena farra gastronômica em plena quarta-feira, regado a vinho branco e rosé escolhidos pela Clau.

Com uma barriguinha linda de 5 meses, a Silvia e o Gabriel (que já é gourmet na barriga da mãe…rs) provaram ontem…

:: enroladinhos de mussarella de búfala com pepino, pera e kani kama;
:: beringela em conserva com pãezinhos;
:: salada fofinha (preparada por ela e pela Clau);
:: conchiglione de abóbora com molho de tomate fresco e manjericão;
:: spagueti ao molho de rúcula, tomate cereja e mussarella de búfala;
:: suflê de nutella com sorvete de creme


Ufa!!! Foi mesmo uma farra gastronômica com comidinhas deliciosas (todas as receitas seguem nos próximos posts) mas o bom mesmo foi reencontrar a Si e vê-la bem, depois de tanto sufoco, né amiga?

Tem momentos na vida da gente que são assim, especias e, muito além da comida, o que faz com que se tornem assim especiais é a companhia de pessoas que a gente gosta muito. Agora, se tiver comida boa então… ah, aí já é perfeito, né? :)

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques vai rolar a festa

Simples e prático

Gente de casa também merece mesa fofinha, claro, mas nem sempre a gente tem tempo e $$$ para super produções, certo? Ok, só que isso também não precisa ser desculpa para uma mesa mal ajambrada! Olha só…

1. Invista em água aromatizada – é gostoso, fresco, barato e agrada todo mundo
Numa jarra coloque rodelas de laranja ou limão (com casca), folhinhas de hortelã (ou alecrim) e até umas gotinhas de água de rosas ou flor de laranjeira, preencha com a água gelada (ou não) e sirva. Eu gosto de preparar a água só na hora que os convidados chegam, pois tenho uma ligeira impressão de que tanto a laranja quanto o limão, amargam depois de um certo tempo.

2. Tudo vira vaso
Já dissemos isso aqui infinitas vezes, né? Eu não tenho um vaso sequer em casa (o último eu fiz o favor de quebrar) e nunca passei aperto. Aqui, foi a caneca de sopa xadrez que abrigou o vasinho de margaridas.

3. Sobreponha toalhas
Se você cansou daquela toalha branca, use-a em conjunto com alguma outra estampada por cima. Eu usei por cima da branca, uma toalhinha pequena da mesa da churrasqueira – deu a cor que e o efeito que eu precisava.

4. Não se prenda muito a padrões
Tá, nem tudo combina, eu sei, mas às vezes a gente se surpreende com misturas que julgávamos improváveis. Faça um teste e veja se te agrada visualmente – quase sempre (eu disse quase!) a gente saca de cara o que combina ou não.

5. Objetos podem e devem ganhar novas funções
Eu até tenho um porta talher bem bonito, mas a mesa estava tão leve que pedia algo mais simples – não tive dúvida e usei um copo grande, com um pouquinho de sal grosso no fundo (só pra fazer uma graça), para receber os talheres.

Muitas vezes o mais simples é o que mais funciona, acredite.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques vai rolar a festa

Porque nem só de carne vive o churrasco

Existem alguns mitos que dizem que mulher não sabe fazer churrasco, que mulher não sabe pilotar uma churrasqueira e até que mulher não sabe apreciar um bom churrasco. Tudo balela.
Ontem essas e outras teorias machistas cairam por terra em um churrasco feito só por mulheres e só para mulheres.

Não, não se trata de nenhuma reunião feminista com queimas de soutiens e picanhas. Trata-se de mais um encontro da Confraria, que dessa vez se aventurou pelo “masculino” mundo das carnes, linguiças, grelhas e espetos.

Bom… sem querer polemizar, transformar o que está escrito aqui em regra nem tampouco colocar lenha na manjada guerra dos sexos, o fato é que mulher faz churrasco diferente de homem. Ponto.
Se um churrasco for organizado por um homem para, suponhamos, um grupo de amigos do jogo de futebol, muito provavelmente nesse churrasco terá 1) picanha e 2) cerveja e só. Talvez, vá lá, uma farofa pronta ou, sendo mais otimista, uns pãezinhos.

Pois é, e com certeza é aí que mora toda a diferença entre um churrasco feito por homens e um churrasco feito por mulheres. E não se trata de dizer qual deles é melhor ou pior. Eles são…diferentes.

No nosso churrasco tem saladas de folhas (que pode, inclusive, ter muuuuito mais do que só folhas), tem frutas variadas, tem vinagrete, tem maionese, tem saladinhas diferentes, tem conservas, tem shoyu (fala, que homem vai levar shoyu pro churrasco?). E antes que você leitor amado pergunte, sim, no nosso churrasco tem até carne e cerveja também! E além da carne tem linguiça, tem frango e tem queijo coalho. Tudo em espetinhos, claro, porque além de diferentes nós somos muito, muito práticas, e não vamos perder um lindo dia de sol na beira da piscina fatiando picanha né?.

Ah, e tem ainda abacaxi com mel feito na churrasqueira para tomar com sorvete depois, ou mesmo para acompanhar a carne (porque não? eu misturei tudo e achei fantástico).

Além disso tudo, tem uma mesa muito bem posta com arranjos de flor de alho e margaridas, tem música popular brasileira tocando pra gente cantar junto, tem leitura de runas (hohoho…no comment) e tem pinga chinesa. Sim senhor, pinga chinesa…porque eu já disse, nosso churrasco tem um universo enorme muitooo além da picanha meus caros.

O arranjo primoroso, as frutas fresquinhas e a “salada de folhas” que tem amêndoas, castanhas, côco, passas, damascos e até berries (eu falei que além de diferentes somos muito mais finas?). Tudo planejado e executado pelas mãos habilidosas e carinhosas da Toninha que simplesmente a-r-r-a-s-o-u.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

delírios e outros bichos vai rolar a festa

Cozinhar e blogar, é só começar!

Foi com esse lema que abrimos, às 9 da manhã, a primeira e linda edição do RangoCamp em São Paulo, no último domingo (27/06) na Cozinha da Matilde.

O evento, organizado por mim e mais quatro blogueiros malucos e mega dispostos (Leandro e Débora do Cozinha Pequena, Júlia do Boa de Garfo e Letícia do Cozinha da Matilde), tinha uma intenção: reunir em um só lugar blogueiros de comida para trocar informações e experiências sobre técnicas, ingredientes, utensílios; para passar o dia falando sobre nossa paixão em comum: a cozinha e, mais do que tudo, para cozinharmos juntos!

Para que isso acontecesse, disponibilizamos aos participantes dois fogões industriais, uma churrasqueira e um forno a lenha; todo tipo de utensílios e louças de serviço; um espaço lindo com o jardim mais acolhedor do mundo e a equipe mais comprometida e atenciosa que um evento dessa proporção poderia ter (Zena, Paloma, Paulinho, vocês foram perfeitos!). São Pedro colaborou deveras mandando para nós um domingo radiante e ensolarado no inverno da Paulicéia, e assim aconteceu o (modéstia às favas) melhor evento que já organizei – eu diria perfeito, mas talvez isso soasse pretensioso (rá!). Cada participante reservou com antecedência um horário em um dos ambientes disponíveis para cozinhar e, por mais incrível que pareça, conseguimos seguir o cronograma direitinho e todos os pratos saíram nos horários previstos (eu não disse que tinha ficado perfeito?).

Foram 10 horas de evento, mais de 40 pratos preparados ao longo do dia pelos mais de 30 blogueiros participantes. Da churrasqueira, do forno a lenha e dos fogões saíram delícias como Risoto de funcho, camarão e alho negro; Polenta grelhada com escabeche de sardinha; Bruschettas de cogumelos paris; Almôndegas de frango caipira; Pães na panela de barro; Petit gateau de pequi; Pamonha cremosa com salsa de coentro, tomatinhos e cebola roxa; Farofa de pinhão; Caldinho de xuxu com camarão; Chips de cabochan, jiló e abobrinha; Carpaccio de carne de sol; Quiches; Pernil com tomates assados; Almôndegas de beringela e gergelim; Brigadeiros de colher; Patê de shimeji; Fricazza; Cupcakes; Biscoito de polvilho (feito na hora) com geleia de gengibre e molho de queijo; Yakiniku e Gohan; Salada de bifum; Guacamole; Brownie de chocolate branco e avelãs; Pataniscas de bacalhau e tantas outras delícias que minha péssima memória não vai permitir que eu lembre de todas agora.

Tivemos degustação de cachaças Fulô, uma aula de harmonização e degustação de cervejas (Colorado e Bamberg) com o mestre Edu Passarelli e uma incrível degustação às cegas, comandada pelo Ateliê no Escuro. Espumantes, cervejas, água aromatizada e drinks de frutas estiveram disponíveis ao longo de todo o dia e, como a Cozinha é WiFi, os blogueiros estenderam o evento para a net e os muitos e muitos notebooks dividiram espaço na mesa com os diversos pratos a serem degustados.

Cara, eu poderia me estender hoooras nesse post e ainda assim não sei se diria com exatidão o quão lindo foi participar dessa experiência, encontrar todas essas pessoas, experimentar ingredientes que eu nunca havia provado (o que é aquele alho negro, pelamor?!), descobrir técnicas que eu não conhecia (como a de curar a carne por exemplo, que já virou minha nova empreitada) e ver ao vivo pessoas que eu já admirava virtualmente cozinhando e dividindo conosco seus segredos e manias na cozinha.

Saí do evento às oito da noite, ultra mega cansada, mas com a incrível sensação de trabalho bem feito e feliz, muito feliz, principalmente por sair de lá com muito mais conhecimento do que entrei. Foi lindo pra cacete :))))

E um negócio tão bom merece ainda muitas outras edições. Aguardem =)

(fotos: Gabi Butcher, a fotógrafa oficial do evento e a mais fofa ever!)

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques vai rolar a festa

Recebendo pessoas especiais

Sabe quem vem para o jantar? A Si, minha grande amiga e uma das fundadoras dessa cozinha, lááááá nos primórdios de 2005, quando ela ainda morava em Belo Horizonte.
A vida a levou para longe – Itália, depois Espanha e agora ela mora na Rússia (ou é Polônia?), mas hoje ela vai matar a saudade da minha comidinha, como num jantar que fiz pra ela anos atrás, quando o pequeno Gabriel ainda morava na barriga da mamãe :)

Hoje é um dia feliz para mim e pretendo caprichar na comidinha brazuca para os fofinhos – cardápio caseiro, simples e honesto… acho que não tem como errar, né? A gente vive insistindo nessa tecla por aqui: o luxo está na simplicidade, minha gente! Nada de menu mirabolante, que deixa qualquer cozinheira de cabelo em pé – nãnaninanão! Do meu fogão sairão delícias feitas com muito mais do que tempero brasileiro – tem amor transbordando na minha cozinha hoje, e isso já faz qualquer cardápio ficar delicioso.

Agora, me diz? Tem coisa mais gostosa do que planejar uma noite na companhia de gente querida? Tem não. Melhor ainda quando se recebe gente “de casa” – aquele povo que fica conversando na cozinha, sem cerimônia, manja? Adoro.

Muita gente me escreve perguntando como faz pra receber sem neura; sem ficar colada na cozinha, preocupada com o ponto da massa, com a temperatura da bebida. Bem, para esse tipo de dúvida eu sempre tenho uma resposta pronta: diversão! Quando você recebe alguém em sua casa precisa, antes de tudo, se divertir. De que adiantaria um jantar impecável se você não o desfrutar junto com seus convidados e se, depois que as pessoas vão embora, você está tão morta que nem consegue tomar aquele último drink, relaxando e lembrando como a noite foi boa?

Cansaço sempre haverá, claro, afinal quem recebe sempre tem um trabalho, por mais infra estrutura que tenha em casa. Mas, ao final da sua reunião, esse cansaço deve ser bom e até … feliz, eu diria. Se você estiver, como disse, acabada demais, é sinal de que se preocupou demais, correu demais, cansou demais. Se for assim, não deixe de repensar alguns pontos na próxima vez que convidar alguém para sua casa…

:: um cardápio descomplicado (pelamor! nada de fazer aquela receita pela primeira vez justo nesse dia, ok?);
:: um bom esquema para deixar bastante coisa pré-preparada;
:: um certo planejamento uns dias antes, que inclui:

– a compra dos ingredientes (compre tudo que puder com antecedência – deixar um ingrediente faltando vai te dar só dor de cabeça na hora “h”, então só faça isso se for um ítem que precisa ser comprado fresco mesmo, como o caso dos pãezinhos de hoje);
– a escolha da toalha ou jogo americano (tá guardada há muito? precisa lavar?);
– definir o tipo de serviço ajuda muito (as pessoas vão sentar à mesa? ou vai ser um serviço tipo americano? neste caso, já sabe onde elas vão apoiar os pratos, copos e etc?)
– a checagem da louça que você vai utilizar, se não for a mesma do dia-a-dia (tá guardada? precisa lavar?);
– o “tapa” na faxina e um bom esquema com sua ajudante (precisa liberar a circulação, rearranjar a mesa, pensar no espaço para o filho da amiga brincar enquanto vocês jantam?);
– a bebida e os copos já definidos (precisa gelar antes? tem espaço na geladeira? precisa comprar gelo?);
– décor definido ou, pelo menos, já meio que arranjado (velas, vasos, arranjo de flor?)…

Enfim, tudo isso ajuda bastante e te deixa mais tranquila para que no dia você possa fazer o que sugere esse post: se divertir ;)

Bom… minha carne está marinando desde ontem, a sobremesa engatilhada (coisa fofinha e simplérrima que eu aprendi dia desses) e daqui a pouco eu vou alí buscar as flores. Vai ficar faltando o pãozinho, mas esse eu busco fresco na padaria no final do dia =)

Si, te espero! ;)

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

vai rolar a festa

Meu jantar nas alturas (em terra firme)

Quando fui convidada pela Brastemp/LiveAd para o Dinner in the Sky, ganhei também uma deliciosa missão: criar um cardápio para o evento. Para essa “árdua” tarefa, além de mim foram convocados outros nove blogueiros, e cada um deveria criar o seu cardápio composto de entrada, prato principal e sobremesa, levando em conta a coerência entre os pratos, a criatividade, a personalidade, a viabilidade (é um um jantar servido em uma plataforma suspensa a 50 metros do chão, não esqueçam) e a apresentação dos pratos. Como prêmio, o cardápio escolhido será adaptado pelo chef e servido no evento e, tcharammmm! o vencedor ganha ainda o direito de participar mais uma vez do Dinner in the Sky, só que dessa vez na companhia de seus amigos!!!! Não é lindo isso?

(pausa para o momento carinha feliz da leitora)

Agora, a boa notícia? Se meu cardápio for escolhido, uma leitora do Rainhas do Lar vai subir e jantar comigo nas alturas, e ainda vai poder levar um acompanhante!!! Eeeeba! Portanto, dedinhos cruzados, ahn!? =)

***

Missão dada, dever cumprido!

Criei o cardápio levando em conta os critérios do concurso e também meu gosto pessoal, coisa muito importante quando você vai oferecer um jantar, afinal, se você não acredita no prato que está cozinhando, quem há de acreditar?

Sendo assim, minha escolha recaiu sobre pratos leves e até delicados, que aliás é uma característica que me acompanha em tudo que faço… sim, eu sou uma pessoa que curte a delicadeza, vocês sabem :) Um frufruzinho é importante! Um crepe fino e com sabor delicado servido em forma de trouxinha, uma saladinha com folhas tenras e suaves, um pesto aromático e sutil em uma carne mais acentuada, um copinho feito com chocolate suiço para receber a ganache cremosa (comer o copinho foi uma das diversões da noite)… enfim, como dizemos sempre por aqui, o luxo está na simplicidade e nos detalhes, e no meu jantar não poderia ser diferente, né?

Para criar uma harmonia, todos os pratos receberam um toque de fruta; para viabilizar, todos os ingredientes são simples (nada daqueles pratos que levam um ingrediente que só se encontra nas tundras geladas da Sibéria ou nas montanhas rochosas da Ásia ocidental), afinal deveria ser um cardápio que pudesse ser reproduzido facilmente; para dar um toque original e acompanhar a carne, optei por um ingrediente ainda pouco comum nas mesas brasileiras (infelizmente): a quinoa, um grão nobre, saboroso, super nutritivo e que aceita mil variações de uso.

Então… vem comigo que eu vou te mostrar passo a passo como foi lindo o jantar que fiz para apresentação do meu cardápio. Uma noite linda, com boa comida, excelentes vinhos (harmonizados por meus amigos sommeliers, especialmente para a ocasião… desculpa tá? rs) e na companhia de amigos queridos – nas alturas ou em terra firme, melhor programa não há, não é mesmo?

Pra começar…


Eu sou uma pessoa que curte a preparação, o pré-festa, sabe? Gosto da parte da criação do menu, da compra dos ingredientes, da escolha da decoração da mesa e até do set list das músicas que farão trilha para a ocasião (música é muito importante, minha gente!) então, sempre dou uma atenção caprichada nessa fase (tem quem diga até que eu curto mais o “antes” do que o “durante”, mas isso é intriga da oposição…rá!).

Escolhi gérberas, que foram para a mesa em uma jarra de água; um jogo americano de arabescos; velinhas sobre taças invertidas; guardanapos delicados; uma luz quente a aconchegante; um show animado para abrir os trabalhos e amigos queridos compartilhando a noite e fazendo o papel que eles mais gostam: o de cobaias, claro :)

Nem só de bons pratos se faz um bom jantar!

Um jantar perfeito precisa ter a bebida perfeita, não esqueça. Ninguém aí vai ser doido de comprometer todo o trabalho na cozinha servindo aos convivas uma bebidinha xexelenta, vai? Uma boa comida pede, implora por um bom vinho, e assim foi.

Eu sempre digo que o importante na vida é ter amigos especialistas e, já que eu er… gosto de … bem, como eu sou uma…er… “pessoa etílica”, tratei logo de ter dois amigos sommeliers super competentes (e eu sou boba?). As harmonizações da noite ficaram a cargo deles e, só digo uma coisa: eles arrasaram!

Os vinhos da noite…
Entrada: Amadores Chardonnay 2009, Argentina
Prato principal: Mundvs, Cabernet Sauvignon 2005, Chile (medalha de ouro do concurso Vinalies Cata’Or América Latina)
Sobremesa: Hache, Late Harvest 2007, Chile

Agora sim, a comida!


Comecei servindo uma crepe de bacalhau com alho poró acompanhada de saladinha de baby leaf e pupunha e vinagrete de maracujá.

Para preparar a crepe, você pode utilizar uma boa e infalível receita de massa de panqueca. Uma boa dica é deixar a massa descansar uns minutinhos antes de começar a fazer as crepes.

Para o recheio, demolhei o bacalhau e o aferventei no leite aromatizado com louro, cravos e cebola. O resto foi ainda mais simples: azeite na panela com cebola e alho poró picados até que acebola murchasse, depois é só juntar o bacalhau, acertar o tempero (sal e pimenta branca), acrescentar um tomilho fresquinho e finalizar com um pouquinho de creme de leite fresco, para garantir ainda mais leveza ao recheio.

Na saladinha (assim mesmo, no diminutivo, pra ficar ainda mais fofa) usei folhas baby de agrião, alface e frisée e juntei pupunha desfiado. Para temperar, uma vinagrete de maracujá feita com a fruta, azeite, limão, mel e uma pitada de sal. O maracujá fez um casamento perfeito com a salada delicada e também favoreceu bastante o bacalhau – foi, de fato, um casamento super feliz :)

No prato principal a estrela poderia ter sido o mignon de cordeiro, que estava macio e super aromático com o pesto de hortelã, mas… a quinoa brilhou muito e simplesmente roubou a cena.

Para preparar a quinoa (eu usei orgânica) basta seguir as instruções da embalagem. Eu preferi cozinhá-la já em caldo de legumes com uma folha de louro. Uma vez cozida e al dente ela recebeu um tempero feito com alho poró, pimentão vermelho e maçã salteados em azeite. No final, acerta-se o sal e a pimenta do reino moída na hora e junta-se amêndoas em lâminas torradas.

O mignon de cordeiro foi temperado com sal e pimenta, selado na grelha quente, onde recebeu ainda um pesto de hortelã (usei azeite, limão siciliano, sal e hortelã, feitos no pilão, com o mesmo princípio de todos os pestos que já ensinamos aqui) e servido na “caminha” de quinoa.

Se estava bom? Só digo que rolou muito repeteco (nada deixa uma cozinheira mais feliz do que o povo pedir para repetir, sabia?) e teve gente fazendo até marmitinha de quinoa pra levar pra casa. É… a noite estava mesmo indo super bem =)

Se a noite já estava ótima até o prato principal, depois da sobremesa ficou ainda melhor. Junte um chocolate belga (80%) e uma fruta e você fará seus comensais te amarem pra sempre, acredite. E foi com essa ideia (a de juntar os dois ingredientes, não de fazer meus convidados me amarem pra sempre…hohoho) que eu planejei a minha sobremesa.

Comecei fazendo a mini pera ao vinho, do mesmo jeitinho que já ensinei aqui (pera descascada e sem o miolo, cozida no cabernet sauvignon, açucar mascavo, fava de baunilha, canela e licor de cassis). Para apresentar a pera no prato, achei que cabia fazer para ela uma “caminha”, daí resolvi fazer a compota de berries – amoras, blueberries e framboesas, cozidas com açucar, baunilha e licor de cassis.

Para completar, preparei uma cremosa ganache de chocolate amargo, creme de leite e licor de cacau. Também achei que uma ganache tão gostosa merecia ser servida com categoria, e por isso providenciei os tais copinhos de chocolate, que fizeram o maior sucesso da noite. Ok, fazer o copinho dá um certo trabalho, mas a apresentação fica tão charmosa que vale a pena, pode acreditar. Para fazê-los, há que ser um tantinho jeitosa… usar um molde de plástico, cobrir com o chocolate derretido e temperado e, depois de firme, desenformar e usar como quiser. Claro que os meus copinhos não ficaram perfeitinhos, lisinhos e, sinceramente, nem era essa a intenção mesmo… todo mundo sabe que a confeitaria não é meu forte, néam? O lance é mesmo a gracinha, a carinha de surpresa dos convidados quando descobrem que o potinho também é pra comer… os detalhes, lembra? ;)

Bom, depois é so montar o prato – perinha sobre a compota, ganache no copinho coberta com xerem de castanha de caju e uma folhinha de hortelã para colorir tudo e dar o toque final – e esperar os elogios :)

Para fechar a noite, papo gostoso e muitas risadas regado a café fresquinho de coador – para mim, não há jeito melhor de terminar uma noite deliciosa ;)

***

Pronto! Dever cumprido, louça na máquina de lavar, um cansacinho gostoso de quem faz o que gosta, convidados bem alimentados, uma anfitriã feliz e um gostinho de quero mais.

Dedos cruzados nessa hora, minha gente, porque o páreo… ah, o páreo está duríssimo, viu?!

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

ideias, dicas e truques vai rolar a festa

Yes, nós temos finger food*!

(geral da mesa | queijos com molho de mostarda e mel e de alcaparras | salsicha branca com picles e mostarda escura | um canapé com um peixinho da Letônia (Dani, me ajuda nessa hora, pls!), cream cheese e dill | mousse de sardinha e patê de gorgonzola | mini chilli | dadinhos de tapioca com geleia de pimenta | rolinhos de salmão defumado, cream cheese caseiro (!), nozes e gergelim | uva verde com gorgonzola | salame com tomate sweet | tâmara com presunto cru | canapé doce de sembei com nutella e morango | mini cupcake de chocolate com doce de leite)

E tínhamos ainda uma noite linda, fresca e com uma lua bonita como eu nunca vi; muitas e muitas Heinekens geladas; a cozinha da Dani à nossa disposição; música boa rolando (Wlad, não esquece meu DVD, han? =); muita empolgação; as melhores histórias (inclusive de comida) e ótimas companhias. O que mais a gente precisa pra ter uma noite super feliz? ;)

Nas fotos, um monte de inspiração para quem quiser produzir uma noite de finger food também. Tudo pequenininho, sem sujar prato, talher e panelas. Providencie palitinhos (que você até pode enfeitar com miçangas como eu fiz aqui), guardanapos, use a imaginação e faça petisquinhos mil – a diversão estará garantida, você vai ver :)

E o calendário da Confraria está agitadíssimo! Temos novos agregados e o plano do Malavi cada dia fica mais h.i.l.á.r.i.o.

***

* finger food é aquela comidinha para comer com a mão, em porções pequeninas e quase sempre foférrimas.

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

delírios e outros bichos vai rolar a festa

Jantar a muitas mãos

(fotos: Cine Bistrot)

Uma confraria de pessoas que curtem cozinhar, reunidas em noites temáticas. Essa é a proposta de um grupo que tem em comum o interesse pelo fogão e um certo espírito desbravador. Dessa vez, a proposta era japa (ou quase) e, assim, oito pessoas se revezaram no comando das panelas, fogão, pia, balcão e todo espacinho que tinha na minha cozinha. Cada um inventando um prato, fazendo do seu jeito, compartilhando experiências, truques… tudo regado a caipirinhas de sakê (muitas) e cerveja gelada.

Da minha cozinha saíram: entradinha de tofu com gengibre, ovas e cebolinha; iscas de mignon à moda oriental; gohan, atum selado em crosta de gergelim; giozas; hot rolls incríveis com molho tarê; cogumelos no papilote e um ceviche de salmão com mel e maracujá (sim, porque a gente mistura culinária japa com andina numa bôua…rá!).

Agora, o próximo desafio: comida do Malavi. Quem viver, verá =)

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

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